MEU RIO
Cheguei tão perto,
até sentir
o teu cheiro
e escolhi
o que sonhar...
Me repartir, desdobrei
e você não é mais
do que esperei;
minha amiga,
mas podemos conversar
sobre a vida
e sobre a cidade,
sem felicidade,
ser feliz cidade!
Sobre o coração
que não deve caminhar só;
na contramão
da curiosidade...
Me diga afinal,
de que serve a doçura
do meu rio
se és cardume
que nasceu na plenitude
do além mar...
No sal...
da curiosidade...
Me diga afinal,
de que serve a doçura
do meu rio
se és cardume
que nasceu na plenitude
do além mar...
No sal...
Luciano Fraga
23 comentários:
Belíssimo!
"De que serve a doçura do meu rio...."
Poema maravilhoso!
Suas escolhas, são sempre belas, Luciano!
Esse rio agora está em mim!
Beijos
Mirze
Há doces rios
mesmo em aguas caudalosas.
Mirse amiga,espero que seja de águas calmas e mansas em suas viagens, abração.
Herculano amigo,tenho vasculhado Mais uma dose... Parabéns amigo, junto com o Ediney, brilhantes. Estou arriscando um pequeno vídeo com o texto Direito Prescrito, libera aí os diereitos autorais, já , já sai.Forte abraço.
Êta rio bão...
Água que alimenta e desagua sobre
o mundo...
Fui contaminada!Tem cura??(rs)
Até sempre Luciano,
abçss,
Ana Lgo.
as vezes dá vontade de se atirar mesmo. de se deixar afogar pela corrente ...esperando sem muita espera o que ele tem pra oferecer mas sim seguir o caminho que os rios têm guardado sem muito questionar ...mas o que fazer quando o rio já virou mar e nossas mãos não mais conseguem segurar todos os cardumes que desejamos ?é essa a pergunta chave desse poema . uma bela analogia ,quase um curso intensivo, de como se deixar levar pela maré da vida.
ps: acho que o "curso" do teu rio me deixou um pouco perdida
kkkkkkkkkkkkkk preciso de um salva vidas , agora !kkkkkkkkkkkkkkkkk
Beijos meu caro, lu.
Luciano, estou na escola...li o poema, adorei, mais tarde comento. beijo
Ana,sempre haverá um mal para toda cura... acredito que vice versa, abraço.
Anita querida,justamente desse rio que refiro-me mesmo.Por outro lado, sinceramente também nem havia lembrado que inevitávelmente o rio corre sempre para o mar, um mar...
Se depender de mim, aguarde-me com bússola, botes e barcos, beijo.
Águas que fecham ciclos que escoam em delta dos rios.
"e sobre a cidade, sem felicidade,
ser feliz cidade!" Fatal, amigo, fatal.
grande abraço
fraga o rio fogo imaginario chama o acerto com nossas margens e nos remete pra o embate contra os muros erguidos em nossos corações
Como todo rio.
Assim precisamos de afluentes. Alguns no entanto, desembocam num mar desconhecido.
Forte abraço, Mestre.
gosto tanto de passar por aqui... nutre meus desejos tão fracos e cansados! belo poema
PS: uma pena o desencontro em Cruz... combinaremos um próximo...
Mai,águas que lavam as lágrimas mais malvadas,também movem os moinhos, abraço.
Braga amigo, enquanto alguns preferem ficar apenas no meio do rio, em cima dos muros, sem definição...Abraço.
PS. li texto do email, será publicado.
Caro Mister,são os rios de aflições e dos obscurecimentos que desembocam em grotões do sub consciente, abraço.
Zana,sua presença é honra pra mim,fico lisonjeado. Esperei, mas os desencontros são normais nessa vida, na próxima deixarei para vocês o roteiro,ou até posso mandar por email, abraço.
Luciano, meu grande amigo!
Intenso como sempre, mas de uma beleza ímpar!
Do outro lado do escuro, mesmo com a fé de mil templos, há pelo menos a intenção de um raio de luz.
Quanto ao prisioneiro, que bela imagem, e triste.
Beijos
Mirze
Outros rios
sem o ser saber
seguem o único sentido
e suas águas ainda
apesar do contrá[rio]
são o fundamento da vida
Mirse amiga, mesmo no mais intenso e profundo da escuridão haverá um sinal, ou mesmo uma sombra que nos apontará a saída, sempre...Grande abraço.
Caroa migo Anônimo, certamente muitos rios nos percorrem, indiferentes à nós, alheios à nossa vontade, abraço.
...fé
é a nossa maneira
de darmos nossa forcinha
ao destino...
aquele abraço
Luciano,
sua potente poesia expressionista nos impele a nossos rumos, provoca outros poemas. E esse alheiamento com que as palavras crescem suputa todos os possíveis silêncios.
Abraços!
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