MIGALHAS QUE ESMAGO
“se eu fosse piedoso, meu sexo seria dócil e só se ergueria aos sábados à noite...”
R. Piva
Quando o desejo
acena,
temo escapar
do que sou,
esvair-se de mim...
E é isto que demarca
territórios.
Recubro de calma
o tédio
pela vida perdida
e a alma recobre-se
de eterno
com as mentiras
que serviram de prótese
para suprimir o halo
deixado pela morte
do que era...
Luciano Fraga
27 comentários:
nossa!!! uau,
bom sabado por sinal.
bjosss...
Nem mortos nem feridos
mais experientes, levando
voce pinta de branco
os cabelos e sua loja
de bricolagens e afins
de sentimentos currais!
Não corri nem currei flor
alguma sequer se atirou não
é possível não existir ainda
sem baixo golpe baixo por trás
rasteiras zerar tudo ficar assim
morto vivo vivo morto ser não ser?
Forte, denso, humano e belo!
Parabéns, Luciano!
Beijos
Mirse
Luciano,infelizmente,aprendemos a focar nossa atenção no amanhã,na fantasia do que poderá ser ou,pior ainda,do que poderia ser,mas não foi...E então,a vida termina se resumindo numa dança entre o sonho,esperança e o arrependimento.Sem mente,sem pensamentos nos arrastando para o ontem ou para o amanhã, nem para qualquer outra noção de TEMPO... Lindo poema LUCIANO,nada de migalhas. Abraços, Ana Lago. obs:me add.
"Recubro de calma
o tédio
pela vida perdida"
Luciano, a imagem e o poema formam uma estranha simbiose. Um poema denso que realmente esmigalha os sentidos. Mais um, poeta, que nos alcança a alma. belíssimo. Beijo.
"Quando o desejo
acena,
temo escapar
do que sou,
esvair-se de mim...
E é isto que demarca
territórios."
Quando se escreve com a alma, saem palavras que demarcam nosso ser.
Adorei!
Lindo domingo!
Rebeca
-
Olá, Luciano Fraga.
Diria eu: no talo!!!
Muito bom.
"Quando o desejo
acena,
temo escapar
do que sou,
esvair-se de mim...
E é isto que demarca
territórios."
lu,
creio que esse medo do desejo,o que acena as nossas vontades, marcam territórios como forma de defesa :a constante praticidade de estar do lado do se pode controlar.
covardes? nunca.o que nos deprime é essa habilidade de conter o futuro.
muito ,muito bom isso aqui.
beijos enormes pra ti.
Anita.
*do que se pode controlar
Mais um grande poema! Com o violão em punho saiu algumas notas, vou ficar em cima até conseguir algo de mesma qualidade. Abraço!
"e a alma recobre-se
de eterno
com as mentiras
que serviram de prótese
para suprimir o halo"
o que comentar de alguém que já diz tudo???
beijos ternos
e que devaneio!
buenas.
Buenas, esmigalhamos devaneios na esperança secreta da perversidade. Grande abraço.
Aos amigos, estou com problemas na net, volto logo, obrigado, abraço.
oi,luciano!um poema de confissões:
carnais ,emotivas ,humanas.
uma descoberta sábia...as mentiras,
como próteses do imaginário...
muito bom!
abrços
taniamariza
As mentiras são realmente próteses, muletas em que os medíocres se apoiam. Saudações.
a mentira é sempre uma protese, fraga, o tedio ém sempre calmo e é de uma calma aterrorizante.
um poema que busca nos erros o acerto. viver é isso é chutar para longe a gravidade da dor.
Aos Amigos de Blogs e outros que sempre nos visitam, peço desculpas por não corresponder aos comentários tão importantes e balizadores para continuidade de nossas publicações, tive problemas com a net,estou optando por atualizar minhas visitas nos respectivos blogs, desde já agradeço cada comentário, abraço a todos.
...bem aventu(i)rados
desejo e desejosos...
Tamos juntos
e misturados, cumpadi!!
aquele abraço
Luciano,
Acabamos de linkar o seu blog. Será um prazer compartilhar emoções com alguém que entende tão bem delas.
Tarde de luz!
Rebeca
-
Belíssimo poema. Belíssima ilustração do Nelson, tenho pensado em pintar umas coisas tb, mas acho q vou dar mais um tempo. E a ´pígrafe é magnífica. continua "Se eu fosse piedoso meus amigos me chamariam de cu de ferro e eu saberia porque navio bóia e porque prego afunda. Conheci o Piva, fiz uma entrevista com ele pra faculdade uma vez. Foi em 200o e ele já tava bem velhinho, mas podemos dizer que era mesmo um velhinho muito doido.
Abraço e estou sempre de olho, velho, apesar de me parecer que o azar tem me rondado muito nos ultimos tempos. Até de moto caí, mas nada de grava.
Abrraço frrrancês
"Quando o desejo acena...eu temo", eu caiu dentro do buraco escuro do querer!
fantástico fantástico!!!
Gostei muito!
Guru,bem aventurados os que gozam juntos em seus desejos, estamos juntos mesmo, abração.
Rebeca e Jotacê, agradeço a atenção de vocês, será muito bom mesmo, abraço.Muita paz.
Daniel, que privilégio conhecer, entrevistar o Piva, deve ter sido um momento muito especial.Gostaria de pintar também mas minhas tendêcias para figuras e desenhos são péssimas, nem tento."Fé na vida, fé no que virá" e nada de azar amigo, são acasos, grande abraço.
Zana,"nesse buraco escuro do querer", há inúmeras chegadas e partidas perigosas, abraço.
Zina, confio plenamente em seu "taco", só cai bola sete, abraço.
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