URGÊNCIAS EM VOLTA DE...
Que não sou
e não sei de nada,
não preciso provar
pra mim,
é fato.
É bom saber,
enquanto permanecer
a vontade de querer ser,
ao menos no íntimo,
você não é...
E não sendo,
melhor deixar evanescer
esse desejo.
O ser deve permanecer
implícito em si
antes de aparecer,
ou jamais
alguém será...
Esse é o meu descabido (?)
encalço mítico,
transcendental...
PS. para o amigo Devir e nosso antigo espelho!
Luciano Fraga
15 comentários:
Tenho certeza de que o Mestre Devir, irá ficar feliz com tal homenagem. Muito bom Luciano.
Caro Mister, não sei se será do agrado do nosso grande Devir(foi de coração), mas o espelho sempre nos intrigou, inclusive o quebrado...Rs. Abraço.
Somos a contra prova do espelho. Sobretudo se pensarmos em sua cor.
Luciano!
Embora não seja para todos o recado, achei linda a poesia e sua construção!
Parabéns, amigão!
Beijos
Mirze
Olá Luciano,
Espelho,é como um fundo falço...
serve pra todos aqueles que pensam
que podem se esconder diante "dele'
Ele só mostra o que vc quer ver.
Legal esse poema.
abraço,
Ana Lgo.
o que eu não sou olha o meu olhar pro o que eu nem sei se sou, e como um espelho pode devir um certo re-generar no ainda nem gerado e nesse fogo quase fatuo mornas afições dançam sensualidades e sofrimentos. O que sou nem deveria falar muito menos permitir, pois sou o ainda não existido ou sou a palida imagem de um passado?
toda gama de necessidades formadas em torno de um eu sem auto conhecimento pode nem ser necessidades, antes covardias incrustada como a carne em minha unha e meus pesadelos lentamente se afirmam e definem esse não eu que eu nem sei que sou e mais que isso que eu luto desesperadamente pra nem ser qualquer eu.
eu afinal nem penso que sou, pois se pensasse não seria e enquanto eu trancorridos antes de me perceber e me chamar eu.
Quem afinal era esse eu de antes de mim e como pude saber que eu era eu e não um outro a me olhar de dentro de mim
Braga, outro dia fiz uma caminhada e durante o trajeto fiquei me questionando, quem eu havia levado comigo. então é um drama que vivemos, essa dualidade de eu e outro e dentro dessa falta de unicidade nescem os impasses e as aflições. Abraço em nome do livro...
Ana, as vezes o espelho também serve para nos ajudar a olhar para trás, lógico que poderemos ver o que não queremos, abraço.
Mirse amiga, é assim, nem todos cabem em determinados contextos, eu sempre digo que o problema nunca será do espelho.Forte abraço
Belo poema e grande homenagem, Luciano! As palavras têm um ritmo muito interessante, dá para ler dividindo e imaginando uma canção. O CD está quase pronto, a capa já está em minhas mãos e alguns CDs, estou ajustando as coisas, abraço!
Luciano fiquei muito feliz que recebeu o livro. Obrigada pela divulgação, em breve quero lançá-lo sem os erros. Peço desculpas pelas falhas, mas foi de coração.
beijos
Zina, aguardo com ansiedade o dia D! Quanto ao poema fique à vontade, como sempre, abraço.
Márcia, o prazer foi todo meu. Adorei verdaddeiramente seu livro.Quanto aos erros, ocorrem de qualquer jeito nas gráficas,quase nem observei, mas foi assim com o meu também, o que importa é o conteúdo.Sucesso, beijo terno.
De qualquer fora ou forma, agradeço; o que não me agradaria se o reflexo fosse enclausurado apenas ao aparente.
Ou fosse de qualquer dentro!!!
A imagem é excelente, o ser outro visto e vendo no retrô, compõe a medida exata para a qual a atenção e a ausência sentida se realiza.
Muito comum o fato d'onde todo espelho se fixa não ser relevante.
É fato também que jamais houve e nem ouvimos desejos, talvez uma tentativa frustrante para haver sentimentos; razão que me diz nada as cores nas paredes.
Jamais lavaria minhas maõs, e não me arrependo das confusões entre palhaço e professora.
Tenho ternura, e muita ainda, pela senhora que detém aos "marginais" fora de suas 4 paredes e se banha em suor; febre óbvia que se cura aos dentes.
E também muita água na boca pela menina que ama trombadinhas.
Voce, sem venenos nem palavras metafísicas... Sampa se decola!
Aqui, é só degola e eu te entendo.
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