PAISAGENS LÚCIDAS
"Alma emputecida.Se esquiva entre laços de família..."
W. Salomão
Eu nunca fui
o luxo do lixo,
não sou,
não me sinto
a jóia rara
nos dedos
de uma mão fina,
nunca quis ser
o azulejo destacado
da fachada,
nem o cisco no olho
de uma granfina...
Sempre quis ser
uma pedra no sapato
da palavra...
Luciano Fraga
23 comentários:
perfeito!
"Sempre quis ser
uma pedra no sapato
da palavra..."
o lu é mesmo irredutível... e mesmo que fosse outra coisa ,seria amado do mesmo jeito(rs)!
amei, amei, amei!
anita.
Ah Luciano....como somos parecidos!
Sempre me escondo de tudo que me apontam aparecer. Prefiro um casinha de sapê, ou a pedra no sapato da palavra. Acham que me contradigo, pela minha aparência.
Mas também sou do seu time!
Amei!
Beijos
Mirse
Você não é a pedra no sapato das palavras. Você é a pérola na alma de quyem lhe busca. Lindíssimo poema. Admiro vc cada vez mais. Beijos, meu querido poeta.
...e é
meu cumpadi
não tenha
dúvida
aquele abraço
eis aí... o quê assino embaixo!
Bravo! Gostei!
Buenas, muito bom e,a Jenny Saville é uma das minhas pintoras preferidas. Grande abraço.
Que porrada, cara.
E o brilho caro da maionese
não desce à sombra do mundo
e eis sua mão nela
Doença que não mata
dói a barriga, derruba
a palavra pior que cisco no olhar
Fé(zz)
alma
espírito
Deus
sujeito
corpo
e só conserva o cadáver(zzzz)
entre objetos
"Eu nunca fui
o luxo do lixo,
não sou,"
pérola
"não me sinto
a jóia rara
nos dedos
de uma mão fina,"
de pianista
"nunca quis ser
o azulejo destacado
da fachada,"
dO Muro
"nem o cisco no olho
de uma granfina..."
insignificante
"Sempre quis ser
uma pedra no sapato
da palavra..."
confiança
Rss, confiança no pé de verso, ditado
aquele que tudo chora, só em rima
ri
cifrado
Rss, cifrado feito sapato
no pé de cima
chora, judas perverso
ainda a inveja
sua sina
aliança
Enquanto isso
mito
minto omito
muito
o lixo do luxo
sua sombra cheia de cabeças
ps. rss, uma diversão
pior para mim
se fosse na mão
Anita querida,diria que você é perfeita, se não o fôsse,seria amada mesmo assim,gostou da réplica?(rs),você é muito mais que generosa, beijo.
Mirse, são as conexões, a vida proporciona os eventos que parecem ao acaso, apenas parecem,a simplicidade é a morada dos meus sonhos, futuramente espero que seja a namorada(rs), procurar não complicar a vida, não é um bom ponto de partida? Obrigado, forte abraço.
Adriana, que felicidade saber disso, a recíproca? (ene) vezes mais, obrigado pelo incentivo, beijo.
Guru amigo, tenho certeza, seremos...Grande abraço.
Zana, com um respaldo desses, vou ao fim do mundo...Abraço.
Buenas, andei buscando os trabalhos de J. Saville, simplesmente fantásticos e apixonantes, abraço.
Caroa amigo Devir, como dizia o poeta;"coisas são só coisas, servem só pra tropeçar, tem seu brilho no começo..." seu coment, sem sombras, mandou-me lá pra cima, onde nem os anjos incomodam,deixou-me alegre mas principalmente pude perceber sua alegria também, isso é muito bom e me interessa, forte abraço.
Olá,
Quando se pensa de uma maneira se sente de outra e se age com uma terceira que se divide o que nasceu para ser uno...
- Inteiro, unico, integro...
" o ser "
Enquanto você quer ta querendo ser uma pequena pedra... pois eu acho que diante dessas pedras você é um diamente tão radiante como o proprio sol!!
Voar com as mãos é realizar os sonhos...
é arriscar viver o que se acredita ser!
Abraços ,
Ana L.
sutil...sutil...luciano! despercebidos...observanos...
enriquecemos nosso ser...com um aprendizado infinito...e ricos de
saber... pedrinhas seremos...
no sapato da palavra!
ah! coisa...de gênio do bem!
abrs
taniamariza
Tani amiga, sempre na sutileza, na delicadeza de sentir-se seixo, cascalho, no fundo de um desconhecido rio, mesmo que seja de palavras, grande abraço.
A via aberta pela epígrafe de Waly Salomão se dilata com seus versos despretensioamente autobiográficos. Continue sendo uma pedra no sapato da palavra, e que não haja nenhuma no seu caminho. Abraço!
Sexta-feira, Dezembro 18, 2009
gemidos
Um profundo e curto gemido e nada mais.
O terror era sustentado no silencio de cada olhar incredulo, E aquele insano gemido ecoava desesperadamente nas nossas caras. Eu tentava ouvir monica montone que longe cantava.
Como fantasmas nos sentimos transparentes e abatidos. Era ainda tarde naquela noite que se apresentava em cores belas e cheias, todos os olhares presos no norte, recebiam sons inimagináveis.
O gemido engatinhava nos meus desesperos e espantava o ar quente dos meus olhos, enquanto a monica montone entova sedução em secos cantos.
Sons, noites, monica, risadas, mulheres nuas correndo, tiros e gritos e
no preciso instante de uma cortante risada, eu lutava desesperadamente em varias frentes e simultaneamente. Quem se importava? que se dane, eu continuava a ouvir monica.
O mundo caminhava para o seu insustentavel momento. As pessoas decoraram a cartilha universal, e repetem sempre:
- Somos todos irmãos e uma unica raça.
Era o momento certo de eu cair fora, depois do afago a facada, geralmente no peito, é simbolico e mata mais.
A cartilha já foi soletrada em noites a fio e felizes todos ecoam as novidades.
E aquele imundo gemido difamava uma realidade onde a felicidade dava as ordens. Maldito e invejoso gemido.
E o gemido agora caçado aprendia a sofrer nos intervalos e soprava sua dor nas dobras das noites que sempre destruía os meus irritantes nervos.
Monica ainda longe, salvava o meu dia.
Demais, Luciano! Não sei não, mas pode virar música. Abraço!
Caro Wilson,embora pelo caminho as pedras sejam inevitáveis,vou desviando entre linhas tortas,na busca da palavra certa, se é que ela existe,muito obrigado pela visita, grande abraço.
Zina, olha só o que você falou, a parceria vai crescendo,fica a vontade, grande abraço.
Caro Braga, será postado,abraço.
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