domingo, maio 31, 2009

POESIA DE NELSON MAGALHÃES FILHO


Antiga Estação Eurico Macêdo



Contos de fadas enfiados pelo pescoço
da velha Cruz das Almas,

meus pensamentos decepados
(ainda estrela enfiapada),
aquele riso maldito
apodrecido fruto vertente
vertigem arsenal
de derrubar o tempo.



Nelson Magalhães Filho

23 comentários:

Ruela disse...

Bela fotografia e poema!



Abraço para os dois.

Zana Sampaio disse...

poema feroz... a poesia de Nelson devora as córneas da sanidade... grande abraço aos dois

Branca disse...

Poema forte!

Bom domingo...bjo!

Zinaldo Velame disse...

Foto maravilhosa e as palavras sempre cortantes de NMF, muito bom! Abraço!

Adriana Godoy disse...

Que poema mais afiado, que fere mais que uma faca nova. Belíssmo, juntamente com a foto. Adorei. Bj

Braga e Poesia disse...

uma faca velha. o poema de nelson corta não como navalha mas como faca velha corta esmagando.
um ritmo que impulsiona o poema para o seu eu, nos empurrando para uma atmosfera cansada e insistente. um circulo a voltar sempre sua dor.

Anita Mendes disse...

contos de fadas às avessa ,risos irónicos ... há certas coisas que nem o tempo consegue apagar.
Beijos pra ti, luciano.
Anita.

anjobaldio disse...

Sinto-me honrado em participar de teu blog. E obrigado pelos comentários da galera. Abração para todos.

Devir disse...

Tomado como sentimento universal, tanto a foto quanto o poema, são
'poeticamente corretos', portanto, contém a sensibilidade para renovar as forças vitais do Ser, sempre asficciado por um Ter compulsivo.
Tomado como sentimento pessoal, incorrendo ao risco de negação pelo 'politicamente correto', só posso comentar, e refletir, sobre sua escolha, a foto e o poema, já que não conheço os autores.

Luciano, o sofrimento nesta direção, o abandono ao esquecimento de significantes que outrora faziam sentido, é inútil, exceto quando se torna beleza insuspeita, pertinente à foto. Mas no caso de sentimento, no lugar do belo, restará somente aquela ferida, causado por uma frustração profunda, que só cura se depois se voltar a viver a mesma.
Mas, conselho, se fosse bom...
Subtrair, ao contrario de somar, está sempre carente de tempo.

Aquele abraço

Luciano Fraga disse...

Ruela, valeu amigo, obrigado, grande abraço.

Luciano Fraga disse...

Zana, bem definido,com um detalhe: ficamos mais lúcidos, abração.

Luciano Fraga disse...

Branca, fortíssimo e poderoso, grande abraço.

Luciano Fraga disse...

Zina, você já andou por esta estação, filmou o mendigo por lá, lembra-se? Abraço.

Luciano Fraga disse...

Adriana, fere como faca cega e enferrujada, não tão cega quanto a fé de alguns...Beijo.

Adriana Godoy disse...

A faca é minha e é nova...porque quando a lâmina é nova, a gente só sente depois que vê o sangue escorrer e foi assim que me senti em relação ao poema, viu?? Bj

Luciano Fraga disse...

Adriana, sim senhora, entendi bem, abraço.

tania não desista disse...

paisagem e texto...se fundem....
asas à imaginação! gostei muito!
bjoo
taniamariza

Luciano Fraga disse...

Braga,dores girando em circulos num eterno retorno, abraço.

Luciano Fraga disse...

Anita, passei a andar por suas terras também, obrigado, abraço.

Luciano Fraga disse...

Nelson, como diria a "baianada": oxente! Aqui sempre às ordens, abraço.

Luciano Fraga disse...

Devir, realmente tanto poema quanto foto trazem contidas doses de indignação, embora feitos em tempos diferentes,encontraram-se com o mesmo objetivo.A sua frase "subtrair, ao contrário de somar...", mais que perfeita amigo, obrigado, abraço.

Luciano Fraga disse...

Tania, realmente, um bom casal(rs), obrigado, abraço.

marcio mc disse...

Poema extremamente cortante...dilacera o vazio do imaginario