Antiga Estação Eurico Macêdo
Contos de fadas enfiados pelo pescoço
da velha Cruz das Almas,
meus pensamentos decepados
(ainda estrela enfiapada),
aquele riso maldito
apodrecido fruto vertente
vertigem arsenal
de derrubar o tempo.
Nelson Magalhães Filho
da velha Cruz das Almas,
meus pensamentos decepados
(ainda estrela enfiapada),
aquele riso maldito
apodrecido fruto vertente
vertigem arsenal
de derrubar o tempo.
Nelson Magalhães Filho
23 comentários:
Bela fotografia e poema!
Abraço para os dois.
poema feroz... a poesia de Nelson devora as córneas da sanidade... grande abraço aos dois
Poema forte!
Bom domingo...bjo!
Foto maravilhosa e as palavras sempre cortantes de NMF, muito bom! Abraço!
Que poema mais afiado, que fere mais que uma faca nova. Belíssmo, juntamente com a foto. Adorei. Bj
uma faca velha. o poema de nelson corta não como navalha mas como faca velha corta esmagando.
um ritmo que impulsiona o poema para o seu eu, nos empurrando para uma atmosfera cansada e insistente. um circulo a voltar sempre sua dor.
contos de fadas às avessa ,risos irónicos ... há certas coisas que nem o tempo consegue apagar.
Beijos pra ti, luciano.
Anita.
Sinto-me honrado em participar de teu blog. E obrigado pelos comentários da galera. Abração para todos.
Tomado como sentimento universal, tanto a foto quanto o poema, são
'poeticamente corretos', portanto, contém a sensibilidade para renovar as forças vitais do Ser, sempre asficciado por um Ter compulsivo.
Tomado como sentimento pessoal, incorrendo ao risco de negação pelo 'politicamente correto', só posso comentar, e refletir, sobre sua escolha, a foto e o poema, já que não conheço os autores.
Luciano, o sofrimento nesta direção, o abandono ao esquecimento de significantes que outrora faziam sentido, é inútil, exceto quando se torna beleza insuspeita, pertinente à foto. Mas no caso de sentimento, no lugar do belo, restará somente aquela ferida, causado por uma frustração profunda, que só cura se depois se voltar a viver a mesma.
Mas, conselho, se fosse bom...
Subtrair, ao contrario de somar, está sempre carente de tempo.
Aquele abraço
Ruela, valeu amigo, obrigado, grande abraço.
Zana, bem definido,com um detalhe: ficamos mais lúcidos, abração.
Branca, fortíssimo e poderoso, grande abraço.
Zina, você já andou por esta estação, filmou o mendigo por lá, lembra-se? Abraço.
Adriana, fere como faca cega e enferrujada, não tão cega quanto a fé de alguns...Beijo.
A faca é minha e é nova...porque quando a lâmina é nova, a gente só sente depois que vê o sangue escorrer e foi assim que me senti em relação ao poema, viu?? Bj
Adriana, sim senhora, entendi bem, abraço.
paisagem e texto...se fundem....
asas à imaginação! gostei muito!
bjoo
taniamariza
Braga,dores girando em circulos num eterno retorno, abraço.
Anita, passei a andar por suas terras também, obrigado, abraço.
Nelson, como diria a "baianada": oxente! Aqui sempre às ordens, abraço.
Devir, realmente tanto poema quanto foto trazem contidas doses de indignação, embora feitos em tempos diferentes,encontraram-se com o mesmo objetivo.A sua frase "subtrair, ao contrário de somar...", mais que perfeita amigo, obrigado, abraço.
Tania, realmente, um bom casal(rs), obrigado, abraço.
Poema extremamente cortante...dilacera o vazio do imaginario
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