Todos os créditos para a seleção desta imagem para o amigo Lord of Erewhon
Meu instinto depredado
encandeia embriões
que fariam de mim um barco
de futuro incerto,
pano de fundo beato,
armadilha para memória fraca,
condição obscura
concebida na noite desmontada...
Martelo, martelo
até sentir um alívio
quando desabo em minhas sujeiras
para continuar cartilagem
quebrando pedras e mimos
no veio de alguma zona erógena
dos meus miolos cristalizados,
sem sequer usar luvas...
Luciano Fraga
27 comentários:
Não tem de quê, Luciano. É um belo poema.
Abraço!
Lord of Erewhon
martelo o que me nartela.
o martelo é o simbolo deste poema.
um mundo onde o conhecer não salva, apenas permite saber a dor.
"quando desabo em minhas sujeiras
para continuar cartilagem
quebrando pedras e mimos" Luciano, você é um martelo que sabe bater o prego na medida certa, quando acerta o dedo, vem a dor, mas de tão bela, não dói tanto. Adorei.Beijo
Imagem incrível!!! Parabéns ao Lord.
meu instinto poderia fazer de mim um barco de futuro incerto e eu entraria na tempestade feliz da vida... adorei =)
abraços
Incrível, tá martelando em minha cabeça. Leio, leio, leio. e ainda martela minha cabeça.
abraço.
Muito bom!
E belíssima imagem, poeta.
Abração
Caro amigo Lord, continuo a agradecer sua valorosa atenção, abraço.
Adriana, muito obrigado, a imagem foi arte do sr Lord, uma beleza mesmo.Beijo.
P.S. Ainda estou esperando,se possível mande seu email.
Braga, em tudo aquilo que é sólido, metálico em mim faço uso do martelo e vou martelando, martelando, fizemos muito isso com solas de sapatos, abraço.
Cosmunicando, refiro-me a barco de futuro incerto, mas não gostaria que fosse um TITANIC (rs), obrigado abraço.
Cuidado meu amigo Vinicius para não fundir a cuca, obrigado, abraço.
os institos maculam as mãos com digitais da existência. gostei muito do poema!
Daniel, obrigado velho, abraço.
Zana, certos instintos, muitas vezes maculam corações e mentes também.Abraço.
adrianagodoy@uol.com.br
as luvas proliferam a doença da higiene que corrói a ambiguidade como se fosse suco gástrico.
aqui estou
materializada em bits
pra matar as saudads
beijos, fraga!
Sim
Sim, confesso
Eu tenho uma represa
Eu me sinto represado
Coloquei até uma placa
Represa de tesão
Claro que vou esquecê-la
dias ou outro
e tambem fazê-la de alvo
balas urinas murros e beijos frios
antes de romper-me
para lavar minha alma
Sim, por isso pareço parado
a luz fornecida é confusa
in(não)segura vossos olhos
mas, prometo, suar sangue
e lágrimas, para me reconstruir
tão logo passe a inundação.
Amém, poeta.
"Martelo, martelo
até sentir um alívio
quando desabo em minhas sujeiras
para continuar cartilagem".
seus versos vertem genialidade
Querida Márcia grato pela grandiosa gentileza, abração.
Caro Devir,mesmo depois de uma guerra causadora de todo tipo de devastação e desolação, mesmo que sejamos reduzidos a cinzas, ficam os vestígios pulsando sobre escombros para a reconstrução, grande abraço.
Camila, é preciso ter estômago de avestruz para conseguir digerir certas oferendas ditas limpas e saudáveis, mas nos consomem...Saudades mesmo, abração.
Buenas, muito bom mesmo. Grande abraço.
...tens
que pegar
no pesado!...
abraço
Buenas, valeu, obrigado, abraço.
Caro Guru, o trabalho braçal deixa a mente livre...Abraço.
Um poema encarnante de buscas internas, de apegos e desapegos, de abissais formas de realizar uma catarse existencial completa...
Inomináveis Saudações, Luciano Fraga. Descobri o vosso blog através de uma amiga em comum que temos, a Luciana Godoy. Vossos xersos pulsam em vias que conheço muitíssimo bem, muiitíssimo bem...
Postar um comentário