DO OUTRO LADO
Não tenho certeza
se eu sou a pessoa certa,
saiba,
o oxigênio ficou raro,
que remédio devo indicar?
Minha dose é letal,
porção única de asma...
A perda da ilusão
leva-te ao pânico...
Você sempre aceita
o destino certo,
a lógica,
o campo de visão limpa,
sinto isto no desespero
da tua risada de hiena,
mistura de agente laranja
com napalm caseiro...
Sempre me ofereceu
o traseiro como resposta,
a minha vida:
é uma eterna aposta
e tem cheiro de carne
na gasolina...
Tem alguém aí fora?
Luciano Fraga
17 comentários:
lá fora pode ter alguém e pode ser o nosso algoz.
os tempos são dificeis, e como dizia brechet vivemos em um tempo que falar de flores é um crime.
Publica no Nova Águia ;)
Abraço.
Ronaldo,acho que a vida de caracol,escondido, carregando a própria casa nas costas, deve ser um tanto terrível,mas que lá fora o mundo tá um barril de pólvora com pavio aceso,não podemos negar.
Ruela, já enviei para o Nova Águia, valeu, abraço.
Ronaldo,errata,quis dizer caramujos.
é luciano os caracois dão volta em torno de si mesmo então fica caracol
Belo poema, Luciano. A expressão "napalm caseiro" é um achado. Valeu!
Você é um grande poeta, meu Amigo!
Lhe agradeço a publicação de tão excelente poética no blogue da NA.
Um estreito abraço.
P. S. Fui eu quem deu um jeito no aspecto gráfico do seu post - estou responsável pela uniformização do blogue da NA.
P. P. S. Convida para lá os irmãos Brasileiros que queira.
Klatuu,valeu pela arrumação e organização texto/imagem.Vou convidar outros amigos,abraço.
Grande poema Buenas LF. Breve teremos OS VAGALUMES, não é mesmo? Grande abraço.
Buenas,VAGALUMES,este é o projeto,espero a capa,abraço.
buenas lf, cuidado sempre com o lado de fora. abs
Belo poema!Gosto muito da sua poesia real e verdadeira. Se precisar de apoio( apoio) cultural para o projeto VAGALUMES, estamos aqui!!!
Giordano Diniz
Muito bom voinho,sua presença aqui é importante,valiosa,fiquei muito alegre neste instante.Soube que você andou por Sampa,manda notícias.Conto com seu apoio,conversaremos,abraço.
estou lendo os seus poemas e gostando muito da sua postura madura diante da vida, mas o maduro em sua poesia não tem cheiro de mofo e sim maduro por estar pronto para a vida, para a relação com a vida no seu pico, com riscos, onde cabe não só derrotas e prazeres, pois em sua poesia não se ver a pobreza do discurso dialetico, que na verdade nada mais é do que um discurso bipolar dando partida para uma outra coisa e que essa coisa bipolar nada mais é que parte de uma mesma moeda a que nega e a que afirma uma realidade dada. O paradigma de sua poesia é outro, é o paradoxo. Que a propria vida indica, paradoxo e não contra ou a favor, a vida não é bipolar, nunca, mesmo quando aparenta ser. isso se conclui de sua poesia.
é facil perceber como certos detalhes de uma ideologia, acaba contaminando toda a vida, vide o discurso moral do pobre.
seus textos póeticos brincam e mudam essa pretensa ideia de mudar o mundo, (um mundo sempre ideal é aquele escolhido pra ser mudado), e você vai justamente nessa ferida, falar desse falso mundo transformado e de um real mundo onde todas as indiferenças são aprofundadas. No mundo concreto, diz sua poesia "eu sou o que sempre vai repetir os mesmos erros" .
a sua poesia é cheia de uma ar denso, um ambiente nada agradavel, mas um ambiente sereno em suas atitudes mesmo quando é de sofrer com uma desconforto diante de uma realidade humana que parece o tempo todo ser nada mais que uma brincadeira de "maugosto".
Sua poesia tem tambem a certeza do bem bom da vida, a beleza dessa vida e a potencia de vida.
Mister la Torre,agradeço por dissecar este cadáver.Sou apenas um saindo da casca do ovo,assustado com o clarão do mundo.
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