sábado, janeiro 26, 2013




RUMORES
Ave! Tudo tem início
no tempo das figueiras,
as garras, as saídas, as fugas
e as perguntas maduras
transformadas em ferramentas de ferreiro...
Tudo simbolizava fertilidade,
mas tornava-se pedra grávida
entre arco-íris.
O que superava as dores corporais
transitava entre naturezas
e davam o troco através do espelho
que nos devora...
Repartia-me entre fadas e flores
que adornam os jardins
onde os cavalos pisavam...
Sou espirito de floresta,
queimo sob um fogo de palha
e sempre caminho sobre as brasas do azar
para usá-las como escudo
antes de recolher os frutos podres
do meu pomar subterrâneo
onde as crianças brincam...


Luciano Fraga

Um comentário:

Zana Sampaio disse...

"Sou espirito de floresta,
queimo sob um fogo de palha
e sempre caminho sobre as brasas do azar
para usá-las como escudo
antes de recolher os frutos podres
do meu pomar subterrâneo"
teus versos sempre cabem em tantos... jamais os deixe...