quarta-feira, janeiro 09, 2013




HOJE O NADA PALPITA 
 
  
E vós? 
Deixa de lado as sombras... 
Na ponta dos cigarros 
as chamas das impossibilidades
 nascem do nada,
 do não envelhecido,
 do não percebido
 que queima no íntimo silenciado...
 Lá,
 as gotas solitárias do amor
 expelem suas maldades pútridas
 e exalam seus odores calcinados.
 Lá,
 o amor e os meus poemas roubados,
 deslizam suas carcaças
 na praça dos acasos. 
 Lá,
 meu coração aborta estigmas
 submetido ao martírio dos  infelizes;
 no antro do nada,
 o amor desfila seus vícios colonizados
 e se faz presa fácil.
 Não foi por acaso
 que lavei com sangue
 a menina dos meus olhos
 momentos antes de um mantra
 anunciar o gozo que nunca viria...
 
 
 
                                                          Luciano Fraga

2 comentários:

Adriana Godoy disse...

Luciano, é um delírio ler seus poemas. Esta foi uma catarse das melhores. Seus versos são profundos, fortes, belos. Bom te ler, poeta querido! Beijo

Lavínia Andrill disse...

Olá. Poeta. Primeira vez em teu blog. Belos poemas. Parabéns!

Voltarei outras vezes, com certeza.