quinta-feira, junho 28, 2012

Albano Ruela-2012

PÊNFIGO

Tristes,
eu,
o rio e o mar...
O céu em rasgaduras
agredia óbolos.
Eu,
sequer tinha uma moeda
para a tristeza,
nada por desaguar.
Eu,
não rio mais,
o rio não reencontrou
sua foz,
enquanto o mar perdia-se
entre infinitude
e oferendas para Zeus,
eu,
 perdia minha paz...



Luciano Fraga



2 comentários:

Adriana Godoy disse...

Não olhei o significado de Pênfigo, nem sei o que é, mas o poema ficou em mim, na minha alma e amorteceu meu sorriso. Lindo e triste.

Braga e Poesia disse...

tristes.
a capacidade de aceitar a condição do triste é inevitável para o crescimento do ser.