segunda-feira, abril 23, 2012

 

  Fotografia-Luciano Fraga-2012


PORVIR


 Lá vem a noite comendo-me pelas sombras entre rajadas e pesadelos...

 Nem era o fim de um sonho,amor...
 Eu não precisava do perdão ou de riffis titubeantes para me embalar .Não havia gritos,mitos ou fome escondida  no fim do corredor.
 Não houve gemidos,sequer um aviso de verso ferido esperando por declamar.
 E tudo que emanava de mim, eram dores, dores,dores que ainda trago desde os tempos dos  corvos e dos girassóis de Van Gogh.

 Mas minha senhoria, fascinada pelos trigais não retirou nem uma vírgula;até que a noite me    engolisse por inteiro.


 Luciano Fraga

5 comentários:

Adriana Godoy disse...

Poeta querido, esse me pegou e me derrubou no bom sentido.

Uau! beijo

Braga e Poesia disse...

esse poema doi tanto que a dor sentida parece calmante pós alucinação.

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkk,
te derrubou só se foi na "lama do chiqueiro"...sua letoa..deixe de frete...!!!

Zinaldo Velame disse...

Belo poema, Luciano, abraço!

Zana Sampaio disse...

Sempre um perigo... os teus versos me assaltam e eu me perco! Belo poema!