VÁLVULAS DE ESCAPE
Meus dias não são santos
e se teu deus não é um deus,
ou um encanto,
Yin, Yang,Zeus,
Alá, Ogum ou orixá qualquer,
se não bates mais
os joelhos no chão
em busca de oração
por um deus da verdade(?),
(uma pausa; para uma tomada de ar),
então,
evoque beijos de festim
e coisas pro cão saber,
ainda restam anéis
e sobras de carrascos
pra revolver...
Se o teu pão dorme
e teus proclames são cóleras,
se teu prato esfria
e teu corpo distorce a graça,
se tua vida escoa em desgraça,
lágrimas em rendição,
escreve nos muros
uma frase escapista
em linguagem abstrata:
- o meu coração vegeta
como uma traça,
em meus livros infantis...
Tudo isso,
os deuses andam fartos de saber...
Luciano Fraga
18 comentários:
Luciano, vejo hoje vc como um poeta maduro e de qualidade incontestável. Seus últimos poemas mostram o quanto estão evoluídos e causadores das mais diversas emoções. Me sinto feliz por poder compartilhar com vc essas "flores à flor da pele". Te admiro cada vez mais seja com deuses zeus ou zens. beijo
Luciano amigo e poeta!
Arrasou neste poema cortando véus e veias.
Os deuses devem andar fartos de tudo.
Beijos, poeta!
Mirze
"Tudo isso,
os deuses andam fartos de saber..."
Pois é. Os deuses devem estar de saco cheio.
Conitnua escrevendo bem. Como sempre escreveu, aliás.
Abraço,
Daniel
"evoque beijos de festim". isso é o que a poesia proporciona em momentos de fuga.
perfeito, meu amigo!
é a ordem do dia. trabalhar e trabalhar, a poesia não deve ser decifrada, antes ela deve ser encarada.
a poesia é para poucos, pois para a quantidade sobrou o medo, o equilibrio e a poesia é desiquilibrar seu norte e seu sul.
portanto o poeta não é dono de sua poesia antes ele serve como lugar de nascença, e lugar do sofrer a humanidade.
poetar é sofrimento sem causa encontrada.
mais uma poesia que o poeta luciano conservou em seu eu e agora espalha para o mundo.
com a palavra o falso devir. será falso mesmo?
Adriana querida amiga,agradeço suas palavras incentivadoras,saiba que sua escrita serve e muito de espelho para mim, "como um deus inacesível e estranho..." me deixou incabulado, daí o surgimento desse aí:Válvulas de Escape. Uma coisa trás outra, beijo.
Mirse amiga,esperamos tanto e tudo deles, que andam empazinados dessas criaturas terrenas,nós...Abraço.
Daniel amigo, prazer e satisfação você de volta, vamos seguindo e labutando com as palavras, até ver se um dia consigo apreendê-las, abraço.
Ribeiro amigo, a poesia não é só uma válvula de escape, mas um meio de passagem das nossas metamorfoses, abraço.
Luciano, preciso de seu endereço e cep pra poder enviar um exemplar da coletânea de poemas da qual faço parte. Faço questão de que vc receba, antes mesmo do lançaemento aqui em BH. O livro já foi lançado na Bienal de SP.
Aguardo. Beijo.
Adriana, parabéns, sucesso e felicidades, uma honra mesmo.
Com disse o J. Cortázar: "tiro do sério uns e outros que ainda acreditam na poesia..." E como acredito em sua escrita, beijo.
Rua D-134 Bairro INOCOOP
CEP- 44380.000
Cruz das Almas - Ba.
Aguardo com ansiedade.
Olá Luciano,
O tempo não pode arrancar as asas
de um pássaro,assim é você...
Gostei muito da imagem...é possivel
cultivar isso.
Um abraço forte... daqueles(rs).
Ana Lago.
Luciano, ainda não tive tempo de enviar o livro. Assim que conseguir, te aviso, tá? Beijão
Braga amigo, isso mesmo, vamos arriscando e as palavras seguem evaporando com um gás...Abraço.
Ana,não se deve perder a confiança, principalmente a auto-confiança. Abraço.
Adriana, ok, espero sim, beijo.
Luciano
estaremos no caruru dos sete poetas, no blog do Ribeiro mais informações, aparece por lá.
Beijos!
estou seguindo,muito bom o blog...
abraços!!
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