REBENTAÇÃO
Naufragávamos em superstições
a estibordo.
Sulcamos mares
com o sol a nos seguir
sempre à direita...
Os rivais dominam águas
e a consternação feria
o meu logro.
A incredulidade subia
e dia após dia
o regresso tornara-se
uma façanha...
Cardumes tumultuados fervilhavam,
espiritos de velhos marinheiros
e monstros marinhos triunfavam
com o vento que colidia
contra os mastros...
Atirei âncoras
e tentei em vão
salvar o amor assombroso
que há tempos havia sido impelido
contra rochedos e penhascos,
despedaçando-se...
Luciano Fraga
13 comentários:
ressacas em dias de sonhos naufragados. âncoras são meros detalhes vãos!
Uma imagem forte e bonita, um amor despedaçado nos rochedos...será que tem jeito de juntar os pedaços?
Mais um poema arrebatador, meu querido poeta...beijo
Luciano!!!!!
Que lindo e maravilhoso é ver e sentir a prosa de Adriana aqui neste vídeo!
Meus dois grandes amigos se uniram só para me fazer chorar!
Mas foi lindo!
Beijos
Mirze
tudo que gosto e tenho medo de perder: cerveja, natureza e poesia
Como um deus que nasce civil, eu tomava cerveja, e lembrava de voce, se espremendo entre expressões de um Deus inascessível.
Tomando cerveja como um homem inascessível, espendo voce como uma Deusa que nasce civil.
Não há objeto, apenas divagar.
Devir
Muito bonito o vídeo, no sábado à tarde...com todos os assentos e acentos faltantes.
Adriana querida,mesmo juntando os pedaços nunca teremos o mesmo vaso...Beijo.
Mirse amiga,você tem razão, esse texto de Adriana é muito bonito, fico feliz que o conjunto tenha te agradado e te emocionado, obrigado, abração.
Ediney amigo,e o poeta disse: "enquanto eu gritava o seu nome três vezes, dois grandes botões de rosa murcharam".Mas acontece de perdermos coisas que gostamos, não é mesmo? Forte abraço e "Mais uma dose..."
Caro amigo Anônimo Devir, beleza de retorno cara. "Oh inacessíveis praias...Eu quero a estrela da manhã...Meu Deus que distância enorme, quantos bancos de corais, Sirtes, sereias Medéias..." Como um deus das águas fui atraído por um farol, tornei-me um deus das ruas e caminho entre brutos adoradores e sou apenas mais um..."Sentindo a sensação da missão cumprida", comprida e "caminho para morte pensando em vencer na vida..." Muito bom ter você de volta, aiás, nunca foi, pra mim.Abraço forte.
Caro Anônimo, agradeço a correção, farei devidamente, quase assassino o título da obra de nossa Godoy(rs) abraço.
Ribeiro amigo,aquilo que jaz "como um céu tombado sob o mar". Não é mais tesouro... Abraço.
Tampouco para mim, barato, mas não degraça nem desgraça, Luciano Pedreira.
Eco do eco, valeu.
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