OSCILANDO ENTRE APANHADOS E ESCOLHIDOS
O mundo agoniza
entre festas e ofertas.
Moribundo inflamado,
embalado ao som de 1 música
demótica.
Somos encruzilhadas,
partos,
de onde nascem caminhos
que aterrissam em todas as partes
que não as minhas
plásticas fantasias
encerram províncias,
encenam recortes de gazetas
onde concubinas amputam
integridades.
Sou silêncio de alvorada
que flutua,
sou um cético
que crê em quase tudo,
exceto em mim
para quem a vida
é uma eterna anedota,
um experimentar de sapatos
de turistas,
que apanho no lixo...
Luciano Fraga
32 comentários:
Luciano, essa oscilação a que estamos sujeitos todos os dias da vida pode pirar. Não sei se é o eu-lírico, mas de uma forma tão intensa, tão sublime, você consegue transpor as palavras e deixar a gente aqui de queixo caído, como um pêndulo solto no espaço, sem saber pra que lado ir.
"plásticas fantasias
encerram províncias," achei tão lindos esses versos...
Também sou uma cética que quase crê em tudo...
"um experimentar de sapatos
de turistas,
que apanho no lixo..."
pqp!! de onde tirou isso, que beleza! Olha só posso dizer, pirei com esse poema e ainda não encontrei o caminho de volta. Beijo.
HÁ momentos na vida onde em tudo se vê...más há momentos onde nem todos são "perfeitos". Sou o silêncio de alvorada que flutua,sou um cético,que crê em quase tudo..exeto em mim! diz pra mim o por que? esse poema é de mexer com os nervos!! carinhosa-mente....Ana Lago.
a Drika soube descrever a sensação que este poema dá, Luciano.
demais!
a polaridade, a oscilação, a poesia.
abraço
Belo poema Luciano!!!
Ser "silêncio de alvorada..."
Ps.Vou linkar seu blog, tudo bem?
Um abraço
Denise
A oscilação entre apanhados e escolhidos/humilhados e ofendidos!
Intenso, forte, mas eu gosto. A vida é assim mesmo.
Uma eterna anedota, e vai ao fundo do poço, em: "um
experimentar de sapatos de turistas, QUE APANHO NO LIXO".
Ocasionalmente também chego nesse limite.
Belíssimo!
Beijos
Mirse
Meu amigo, diante de tão belas letras, questiono-me
amargo na boca
sangue destituido
pensamentos aquênicos
se enfim não devo aceitar
vossas, suas e de todos aí
confessas e enrustidas
etiquetas e ou
exclusivamente a de
ESQUISOFRÊNICO
e me retirar de vez
Bom, só saberemos assim
façamos o seguinte
a partir de agora
eu não apareço
em nenhum outro espaço de voces
e voce não aparecem no meu
até que alguém seja
difinitivamente honesto comigo
OK??????????????
Com pesar, aceitem meu agradecimento
"para quem a vida
é uma eterna anedota,
um experimentar de sapatos
de turistas,
que apanho no lixo..."
lu, mais uma vez uma outra obra -prima em formato lírico.
o personagem pessista enxerga experança na beleza do que é pura e somente fatalidade...só para provar ao acaso que ele estava certo ,e a si mesmo ,que o que vier nessa vida é lucro.
Ps: Oscilando os leques da improbabilidade aumentam porque seguir em linha reta é sempre muito certo...o caminho torna-se conhecido.
AMEI!
Beijos enormes pra ti, lu.
Anita.
Adriana,vivemos e experimentamos os altos e baixos do dia a dia, ficamos expostos ao balanço das emoções, remamos de acordo com as marés externas, assim acredito que à medida que buscarmos unicidade na forma como vemos as manifestações dos fenômenos,certamente o equilíbrio surgirá.A poesia não nos pertence, somos agentes de algo pré existente que encontrou em nós as condições para manifestar-se, beijo grande minha poeta.
Ana,simplesmente porque sou uma bolha, uma visão, uma miragem, não passo de uma parca idéia, é isso, abraço.
Cosmunicando,espero que não tenha perdido o caminho de volta, a la nossa querida Drika(rs),muito obrigado amiga, abraço.
Denise,fique inteiramente à vontade, é uma honra pra mim, abraço forte.
Mirse, você foi bem mais abrangente, ainda tem estes outros excluídos,sem nomes, sem identidades, sem sapatos.Obrigado, forte abraço.
Amigo Devir, o que deve ter passado na cabeça do nosso amigo Noé, ao observar aquela bicharada(de bichos mesmo) reunida? Existem sementes com poder de germinação infalíveis, assim como pensamentos transgênicos.Muitas vezes uma rejeição pode "soar como uma carícia".Muitas vezes palavras são deturpadas e precisa-se corrigir o uso para não tornar-se abuso,desse modo "faça à minha Voz errante, à minha voz sem pupilas,à minha voz sem tato, um esgar desdenhoso", não aceitarei com pesar nem com alegria, mas com sabor de volta,de vice versa, sempre um forte abraço.
Anita, sempre poética sua visão,suas interpretações, acho que assim deve ser,não há espantos diante da manada, também há beleza no trágico, e porque não? Há beleza na fatalidade, "os búzios do abismo" nos contam sempre com seus sussurros as tragédias do fundo do mar,beijo querida.
...fala assim não
meu compadre!!!
Voce é muito mais
e melhor que isso.
Bahiano roto
garanto que
não nasce, hehehe...
aquele abraço
Fantástico. Uma poesia doce e inquieta.
Gostei daqui.
Pois...eu não acho!vc tem um coração bom,é amigo,confesso...queria eu ser "VOCÊ",com sua mente brilhante,limpa ,espirito puro,vc revela em se mesmo,no silêncio, o seu próprio guia sábio...vc é.....pra mim,e é assim que te vejo.até mais LUCIANO!um abraço bem apertado...sem esmagar é claro(rs).ps;deixe disso!
oi,luciano!.vestimos, a qualquer hora ,o eu lírico, ou não... e....
no mundo, tudo e todos estão misturados...caminhos ,vivências objetivos.
cremos no que queremos...temporàriamente ,até duvidamos de nós! mas se achamos a vida uma anedota ...é bom! experimentamos sapatos de turistas e vizinhos...desde que ninguém nos veja!(rs.rs.rs.)...se couber?
luciano,sem brincadeirinha..poetaço
amigo...adorei!
abração
taniamariza
Sophia, obrigado pela sua visita, espero mais, forte abraço.
Tania,"sabe aqueles momentos em que pensa e não quer admitir..." Estou ligado. Nós somos frutos de experiências criativas/dolorosas, que surgem vestidas com trapos e sapatos velhos que nos deixam indignados, assim passamos à condição de sujeito e protagonista de insanidades poéticas, forte abraço, felicidades.
Ana, seja você mesma e jamais aposte tanto numa "carne enferrujada" que jaz a cada minuto, abraço.
valeu,luciano! já clicou no "visualizar meu perfil" do tanianaodesista?...no kaosnoasis os poemas não me esperam vê-los crescer...vem e se expoem ..explodem ..eclodem ràpidinho, da alma, ao teclado do computador! se já viu ..ignore minha recomendação!...he.he.he
abraços
taniamariza
Continuo boiando, porém não mais me vendo neste belo poema, Luciano.
E não sei se agora, eu me arrependo de meu espasmo paranóico(?), ou se me culpo pelas confusões que apronto.
Nem uma coisa nem outra, tampouco o "silêncio dos inocentes", prefiro então pensar o que de fato seja algo muito particular... E se for o que penso, esse algo é de sua inteira responsabilidade.
Pelas imagens, não está bem, e acredito que voce tem sabedoria para tomar uma das 2 únicas decisões: mudança radical ou transformar o mal em outra coisa, que jamais poderá saber, se bem ou outro mal, antecipadamente.
Tania, passei por lá e gostei muito, vou adotar de agora em diante, parabéns amiga, forte abraço.
Devir amigo, deve ter sido força de expressão, tudo seguirá relativamente como dantes neste espaço, que nunca, jamais será um quartel,jamais haverá intenção de atingir ou agredir (absolutamente) alguém. Vejo que nossos blogs tem função de trocar idéias e emoções, formar amigos, o resto são conjecturas, forte abraço.
Esse poema tem muita força, é livre, certeiro, sem meandro.
arrebata.
As suas imagens poéticas são sempre perturbantes. Adoro seus escritos.
beijos
... apesar da pulsão feroz, o fim tomado como síntese e pilhéria demonstra uma visão existencial positiva...
continuemos, pois...
- bom texto, luciano!
Bom demais:
"sou um cético
que crê em quase tudo,
exceto em mim".
Acertou;
Abraço.
Belo!
Já´não me lembrava desta ;)
Abraço.
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