SOLEIRA
""o meu coração é uma pedra de cristal..."
O meu cotovelo
pede licença a lua
para derramar
toda dor
sobre os batentes
iluminados de minhas
janelas,
enquanto descanso
o queixo
sobre a palma da mão
e o horizonte
indiferente
ao tempo,
engole meu perdido
elo...
O meu relógio de parede
é o sol
em teu olhar...
Luciano Fraga
29 comentários:
...a secura dos lábios também marca o tempo!
muito lindo teu poema, me trouxe o bom saudosismo português...lindo, lindo!!
é gente, mundo tempo e vida!! amei o poema.
bjossss...
Oi Luciano, tudo bem?
Estou fazendo uma matéria sobre blogs que viraram livros.
Gostaria de saber se você disponibilizaria seu e-mail para uma entrevista?
É coisa rápida, 6, 7 perguntas...
Agradeço a colaboração
Abraço,
Raquel
Muito bom poema!
Lembra quando conversamos sobre, eu defendi que o poema deve ter sempre destinatário, voce que a poesia só precisa ter o destino ao gosto do autor, e calamos sobre um suposto impasse?
Então?
Este atual está maior, voce apurou seu gosto, ou foi o destinatário(chute: universo dos românticos) que cresceu ou, apesar do tempo adverso, evoluiu?
"O meu cotovelo
pede licença a lua
para derramar
toda dor" me lembra samba antigo,como sempre você acertou!!!
beijos ternos
Luciano, não sei se é por que estou doente, mas esse poema mexeu com minha pedra (não de cristal)mas que insiste em bater cá no meu peito. Lindo poema, meu poeta lunar.
"O meu relógio de parede
é o sol
em teu olhar...", porra, precisa de mais? Maravilhoso. Beijo.
Tem um poema no blog da Hercília que ela fez pra mim, Dê uma olhada, please. beijo.
http://fernandeshercilia.blogspot.com/
Zana, a fome e a sede juntos são marcadores do tempo, abraço.
É Nanda,Vida louca
vida, vida breve...Abraço
Raquel, sem problemas, caminho_1@hotmail.com Grato pela visita, abraço.
Meu caro Devir, gosto demais dos seus questionamentos, continuo no mesmo ponto, sem alvo, dor é dor "em qualquer canto" ou universo, independente de categorias, grande abraço.
Márcia, sabia que não tinha me ligado .Samba canção, tem muitos maravilhosos, abração.
Querida Adriana, em primeiro plano, sua saúde, que volte ao normal urgente.No caminho tem sempre uma pedra, não é mesmo? Com certeza vou conferir, abraço.
d. luchiano,
há sempre pedras no galope do tempo.
abs
"O meu relógio de parede
é o sol
em teu olhar..."
Belo!
Abraço.
...cumpadi!!
simplesmente
muito boa.
valeu.
Ruela, baseado no seu relógio, abraço.
Grande Guru, vamos batendo o ponto, abraço irmão.
Estranho...eu havia comentado este poema e o comentário simplesmente não foi.....grrrr, bugs do servidor.
Este é um tipo de registro lírico, não muito ususal em Luciano Fraga, e por esta razão, achei muito belo, embora tudo que vc escreva seja de qualidade incontestável.
Há momentos em que a natureza é codjuvante do sofrimento humano atuando em sintonia com os seres que se valem da mensagem calada que ela transmite.
Mil beijos.
PS: Não tenho estado muito presente na blogosfera por falta de tempo, leia-se escola.
Muito bonito, Luciano, parabéns pela sempre especial escrita! Abraço!
derramar a dor, uma imagem de uma dor derramada e juntada ao lado, paasada em revista a dor e contada e pesada.
um poema forte e dolorosamente lindo.
Muito bom!bom mesmo.
Creio que tudo já foi dito pelos comentários anteriores.No entanto, vale a pena repetir a excelência do poema.
Tenho pensado muito sobre o tema que conversamos e irei ler mais sobre Sartre.Em um dessas oportunidades conversaremos sobre ele.
Grande abraço e os poemas tem exercido muita influência sobre mim
Bat-, muitas vezes quando somos atingidos por algo que nos aflige, a natureza é o cenário recorrente para despejarmos ou mesmo entrarmos em comunhão,obrigado,beijo.
Braga, precisamos de coragem e desprendimento,sobretudo para olharmos nossas dores na cara, abraço.
Muito bom Mestre Heraldo, espero que sejam boas influências, as ruins reflita, nada é bom ou ruim até o fim, abraço.
Mister zina, valeu a força, abraço.
Márcio, obrigado, abraço.
lindo! lindo! lindo!
Julie, obrigado pela visita, abraço.
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