quinta-feira, janeiro 29, 2009

Basquiat-unitled

PARA SEMPRE CRISTAL...


“Sofri a atrocidade dos poentes... O amor é uma sombra...”
S. Plath


Quando recebi a notícia,
fui fulminado pela idéia,
copos e cristais quebrados
amanheceram em mim...
Expeli
melanina de escravidão,
celebrei
resquícios cavernosos,
proliferei
infâmias afrodisíacas,
buscando a cura
de um adeus petrificado;
ela disse ser prova indelével
mas sem um punhado de sal
o batizou como uma boa nova...
Desde então,
tento em vão extrair o cheiro
de dentro de um invólucro
vazio do perfume que era dela,
enquanto isso,
fico olhando minha cadela
mijando aos pés de um arvoredo
e imaginando:
se ela pensa em algum cão...



Luciano Fraga

12 comentários:

Anônimo disse...

belo poema.

Nanda Assis disse...

toda cadela tem um cão em mente.
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bjoss...

Adriana Godoy disse...

Essas despedidas, essa coisa de acabar um relacionamento é algo muito doloroso. Achei lindo você transformar isso em poesia. Beijo.

Luciano Fraga disse...

Nanda,mas será que ela mente para o cão?(rs), obrigado, abraço.

Luciano Fraga disse...

Adriana, é a vida, chegadas e despedidas, obrigado, abraço.

Luciano Fraga disse...

Braga, valeu, obrigado.

Marcia Barbieri disse...

Simplesmente lindo seu poema,pra variar!!!Porém, fiquei abismada com a epígrafe.Já tinha escutado falar da Silvia Plath,mas eu somente a li,qdo vc. a citou em um dos seus comentários no meu blog. E a poesia que mais gostei e que no momento se encaixava perfeitamente foi essa e esse verso: sofri a atrocidade dos poentes,eu achei divino e desejaria tê-lo escrito,como muitos dos seus versos,por vezes,eu tb desejaria tê-los escrito.

beijos ternos

Luciano Fraga disse...

Márcia, busque Ariel, obra fatal de S.Plath, maravilhosa poesia, obrigado abraço.

Cosmunicando disse...

vou seguir a dica para Ariel também... o teu poema é lindo, um adeus mas com pitada de fina ironia.
abraços

Zana Sampaio disse...

Todo abandono deixa um cheiro e cacos de lembranças por toda parte.
Teu poema é belissimo, traduz todo o infinito da saudade de quem ama e fica a ver navios, vira-lata.

pianistaboxeador21 disse...

sERÁ QUE ELA IMAGINA ALGUM CÃO? E CHEIRAR O VIDRO VAZIO DE PERFUME, QUE AINDA TEM O CHEIRO, MAS JÁ NÃO TEM O LÍQUIDO. FEITO A LEMBRANÇA QUE AINDA GUARDA TUDO, MAS NÃO TRAZ DE VOLTA A CARNE DA PESSOA.

FENOMENAL, A COMEÇAR PELA EPÍGRAFE, DO LINDO POEMA "OLMO" DA SILVYA E O BASQUIAT.

MUITO BOM MESMO,

ABRAÇO,

DANIEL

Luciano Fraga disse...

Lisana, deixa o "cheiro do ralo", abraço.