domingo, novembro 02, 2008

A todos que de alguma forma ainda sentem...
CREPÚSCULO



Tarde que cai,
como uma estrofe de pavor
junto com minha solidão
e a de outras pessoas desconhecidas
que passam por nossas vidas
numa folha de papel...
Solidão de cada por de sol
adormece como um flash
num clic de luto em meu coração.
Dias que amanhecem,
com seus raios frios
pássaros vadios passam,
alegres, tristes
sem dar sinais de sim ou não,
perco-os de vista
e sua canção...
Saio dos meus dias
impregnado de contingências
existenciais
e a liberdade tem sido uma menção,
como o pássaro que passou,
uma esmola de vidro moído
que me dou...


Luciano Fraga

11 comentários:

Anônimo disse...

é a vida que se infiltra na poesia e a poesia que modifica a vida.
fraga vc ta cada dia mais preciso e mais maduro, sem perder a espontaneidade.
seus escritos estão virando escritos de mestre.

Ana Beatriz Frusca disse...

A solidão é teimosa, porém não deixa de ser combustível poético.
Escreve pro Klatuu e ped meu e-mail que eu te conto uma novidade.

Beijos.

anjobaldio disse...

Somos todos pássaros baldios buenas. Poemaço cortante. Grande abraço.

Luciano Fraga disse...

Bia,a solidão tem sido minha amiga...Recebi o material, obrigado, beijo.

Luciano Fraga disse...

Braga, vamos seguindo ao sabor da vida, abraço.

Luciano Fraga disse...

Buenas,sem dúvidas, abraço.

Ruela disse...

Muito forte o seu poema


Abraço.


p.s. ultimamente tenho tido alguma dificuldade em entrar neste blogue, graças que hoje consegui entrar à 1ª.

pianistaboxeador21 disse...

Cara, acho que ainda sinto. Então o poema tb é pra mim. Gostei pra caralho. Lembrou-me dos crepúsculos de quando eu morava numa cidade aqui do interior de S.P. A tarde de lá era mais bonita que a daqui.

Andei desaparecido, pq fui assaltado e os caras me quebraram todo. Agora estou melhor, quase em forma.

Gostei desse final:

e a liberdade tem sido uma menção,
como o pássaro que passou,
uma esmola de vidro moído
que me dou...


abração,

Daniel

Luciano Fraga disse...

Caro Daniel, sinto muito pelo ocorrido, que mundo é esse meu velho? Segue a vida e você tá de volta para nossa alegria, obrigado, abraço.

Luciano Fraga disse...

Amigo ruela, meu caso foi inverso,acesava seu blog e não conseguia postar comentários, parece que acertou, obrigado, grande abraço.

Marcia Barbieri disse...

SEmpre gostei dos crepúsculos,talvez,pq.ele se encaixe na indecisão,ele é o não-ser,algo a ser transformado,moldado.E o seu poema nem posso comentar sem ser repetitiva,simplesmente maravilhoso,os pássaros,as esmolas,o vidro...
beijos