sábado, setembro 13, 2008

Bicho Morto Sobre Asfalto 2 - Zé de Rocha

balada para um homem só



Tudo, tudo, tudo

era um mar de rosas,

quando o amor

virou um cruzamento...

Na esquina,

tinha um banco

noutra o apartamento.

Ao invadirmos o sinal fechado,

o inevitável desastre

com morte do acasalamento...

Agora,

no fim de linha

da Rua das Flores

eu sou o cara

que girassol...

E se o dia não permanecer

escuro

é porque sou um ex- poente

no asfalto

implorando

por um novo horizonte...


Luciano Fraga

10 comentários:

Braga e Poesia disse...

as palavras são caminhos i dizem flores e dizem solidão. girassol.

Marcia Barbieri disse...

Simplemente maravilhoso e amei a tela,duas imagens fortíssimas,a tela e o poema.É dessa força que gosto,é essa força que procuro.
Beijos

Luciano Fraga disse...

Braga, obrigado,isso aí vamos girando sozinhos, tentando nos (re)encontrar, abraço.

Luciano Fraga disse...

Márcia, sou fã incondicional dos trabalhos de Zé. Sempre que posso atrelo os meus versos às imagens produzidas por ele. Gosto demais desta abordagem trágica. Grato pela visita, sempre especial , beijo.

pianistaboxeador21 disse...

É bonito demais. é bonito demais. é bonito demais.

e eu estou sempre aqui lendo.

ACERTOU BROTHER,

ABRAÇÃO,

DANIEL

Ana Beatriz Frusca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Beatriz Frusca disse...

O desastre vem quando menos se espera, ele é o reflexo do descuido.
Belíssimo poema!
A imagem está fantástica...sou muito ligada a imagem tanto verbal quanto visual.
Beijos.

Luciano Fraga disse...

Biazinha, não canso de repetir que o Zé é um artista genial, obrigado, beijo.

Luciano Fraga disse...

Daniel, lembrou-me Gonzaguinha, " e a vida, é bonita, é bonita..." obrigado, grande abraço.

Zinaldo Velame disse...

Cabe uma balada aí! Estou um pouco veloz para adiantar algumas coisas, mas em breve vou tentar colocar uma harmonia nas suas palavras, e talvez no final do ano a parceria seja cantada. Abraço!