AMÁLGAMA
Eu,
criatura alegórica,
agônico,
instrumento particular,
único
construído para honra e glória
da terra de ninguém,
emaranhado de fenômenos,
caricatura de querer
vontade perturbada,
recalcitrante,
reflexos emprestados,
ditame, entorno,
ao mesmo tempo
“mesclado e dividido”
parido nas condolências,
herói renegado...
Eu,
resultado da pura soma
da contemplação e negação,
afundo epicamente
nas coincidências...
Eu,
este ser dúbio,
rejeito qualquer forma
de amor razoável
e toda celebração de aparências,
porque mesmo sendo
um germe fatiado,
trago em mim
um princípio sistemático,
endêmico
de renascer sempre
na eclosão da essência...
Luciano Fraga
9 comentários:
Muito bom caro LF. E este rosto baldio aí em cima, hein?
Buenas,este rosto é por demais conhecido,é um daqueles caras,lembra?
Você tem visitado o cachorro?
Buenas,estou indo agora mesmo.
bela tela e poema a acompanhar,
abraço!
Ruela,valeu,obrigado cara.
Grande poema.Descrição precisa sobre a intensa confusão e pertubação que nos conduz apenas a um "...amor razoável e a toda celebração des aperências...".
Abraços.
Valeu Heraldo,grande alegria com sua presença,saudades do amigo,abraço.
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