VÁCUO
" O que fariam as trevas
sem febres pra devorar."
Sinto como se algo de natureza
escorpiônica
agonizasse
dentro de mim.
Aciono o trenó
e desço desembestado
até o fundo
de minhas cordilheiras,
gelado,
tento vulcanizar
o oco
da hipotenusa
de minha musa
vida mó...
Volta e meia
vejo-me farpado
numa soberba
cruz
que sobrevive
às expensas
de uma paisagem
deserta;
quero muito entender
este sinal,
esta linguagem
incerta
que permeia
a grata alegria
de silêncio novo
e estilhaça
a inércia balsâmica
de meu habitat...
Hoje,
vejo escorpiões
em todos os lugares...
3 comentários:
Grande poema inspirado num grande artista.
grande poema Luciano...fiquei arrepiado.
Bom trabalho.
escorpiões por toda parte, tem muito de ruela, que tambem nos mostra escorpiões por toda arte.
ruela e luciano:
poesia e poesia.
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