No varal
Pendurei minha alma no varal
enquanto minha calcinha escorria
a rima de um beijo bom
Eu não estava vestida para um encontro
quando o chão se fez urgente
e me encontrou
mas estava polvilhada de baunilha
como um doce recém saído do forno
a espera da primeira mordida
Silêncio na avenida ao lado
Cheiro de sexo nas narinas
Mãos de rapina a me desvelar
A madrugada engordou meus sentidos
e fez o céu desabar
em minha boca de alfazema
Amanheceu depois do riso!
E quando o azul já ia longe
bebi as últimas gotas de pêra
que restaram em mim
Amanheceu
e tudo o que pude fazer foi recolher minha alma de fruta
e pendurar no varal a calcinha de jasmim
enquanto minha calcinha escorria
a rima de um beijo bom
Eu não estava vestida para um encontro
quando o chão se fez urgente
e me encontrou
mas estava polvilhada de baunilha
como um doce recém saído do forno
a espera da primeira mordida
Silêncio na avenida ao lado
Cheiro de sexo nas narinas
Mãos de rapina a me desvelar
A madrugada engordou meus sentidos
e fez o céu desabar
em minha boca de alfazema
Amanheceu depois do riso!
E quando o azul já ia longe
bebi as últimas gotas de pêra
que restaram em mim
Amanheceu
e tudo o que pude fazer foi recolher minha alma de fruta
e pendurar no varal a calcinha de jasmim
Mônica Montone
2 comentários:
Esta é uma poesia de fêmea...Linda.
A Mõnica é uma das nossas grandes poetas.
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