Gala de Porco
Amor como alma de víbora e bicho-porco,
cancro sintético na lingua a chupar gala de sapo,
gruir de mariposas como vândalos,
náufragos em mariposas da noite.
Pregos necrosam estômago na cândida
alegira de se prostitiur
tudo afinado com os porcos-homens.
Amor como o meu
"doce, doce amor"
festejando ao riso cru
meu libidinoso pôr-do-sol sem dentes.
Amor como alma de víbora e bicho-porco,
cancro sintético na lingua a chupar gala de sapo,
gruir de mariposas como vândalos,
náufragos em mariposas da noite.
Pregos necrosam estômago na cândida
alegira de se prostitiur
tudo afinado com os porcos-homens.
Amor como o meu
"doce, doce amor"
festejando ao riso cru
meu libidinoso pôr-do-sol sem dentes.
Edney Santana
Depois da Estação
O trem partiu, com atraso de 15 minutos, às 20:45.
Se levou a saudade, deixou o remorso. O que, obviamente, não foi nada bom.Corroeu-me todas as avenidas e desvios da alma aquele amargo sentimento e não deixou nenhum local, por mais hostil que fosse, sem ser visitado.Fiquei assim pelo restante da noite: vagando entre os Cafés da estação, em meio a estrangeiros, putas e pequenos traficantes- comprei um dos menores, mas não fumei.
Trens chegavam, trens partiam.No saguão de espera mudavam rapidamente as pessoas. Apenas eu continuava caminhando ali. Querendo saber até onde me levaria os meu trilhos. Provavelmente, não me levaria em lugar algum que eu já não conhecesse.
O tempo trouxe e levou outros trens em minha vida( algumas carruagens; outras espaçonaves). Nada mais entrou em minha alma como outrora. Mantiv... Digo, mantenho os pesados portões enferrujados e cerrados.
O trem partiu, com atraso de 15 minutos, às 20:45.
Se levou a saudade, deixou o remorso. O que, obviamente, não foi nada bom.Corroeu-me todas as avenidas e desvios da alma aquele amargo sentimento e não deixou nenhum local, por mais hostil que fosse, sem ser visitado.Fiquei assim pelo restante da noite: vagando entre os Cafés da estação, em meio a estrangeiros, putas e pequenos traficantes- comprei um dos menores, mas não fumei.
Trens chegavam, trens partiam.No saguão de espera mudavam rapidamente as pessoas. Apenas eu continuava caminhando ali. Querendo saber até onde me levaria os meu trilhos. Provavelmente, não me levaria em lugar algum que eu já não conhecesse.
O tempo trouxe e levou outros trens em minha vida( algumas carruagens; outras espaçonaves). Nada mais entrou em minha alma como outrora. Mantiv... Digo, mantenho os pesados portões enferrujados e cerrados.
Herculano Neto
FRIO
"Dentro da noite a vida canta."
M. Bandeira
M. Bandeira
O coro dos brejos monótonos
canta à pele da noite
lenta música incessante
queimando o breu das auroras.
Divago;
animamente arrastando
os farrapos tremulantes
no frio da noite do brejo
em meu quintal.
Flutuam teias no ar
tecidas com fio de noite
bordadas de horas mortas;
crivando pedras oníricas
turvando o suave silêncio;
na tosse de um mendigo
que morre à minha porta.
canta à pele da noite
lenta música incessante
queimando o breu das auroras.
Divago;
animamente arrastando
os farrapos tremulantes
no frio da noite do brejo
em meu quintal.
Flutuam teias no ar
tecidas com fio de noite
bordadas de horas mortas;
crivando pedras oníricas
turvando o suave silêncio;
na tosse de um mendigo
que morre à minha porta.
Jorge Bóris
4 comentários:
venho agradecer a divulgação do nosso trabalho, muito obrigado e alegria sincera para todos nós.
Ediney, Herculano e Jorge, parabéns pelo trabalho de vocês. Muito bom. Um forte abraço para todos.
Olá Seu Luciano! Hehehe. Acho o blog do senhor muito bom.
Li outros textos, e o senhor escreve bem.
Prometo passar aqui mais vezes.
Um abraço!
:)
Amiga Isadora,grato por visitar nosso blog.Valeu a sua presença por este território.Grande abraço.
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