sábado, junho 02, 2007



Implacável como um cão sujo
beirando a morte
fervilha pelas ruas, hálito
acre
ao lado dos vermes.
Furtiva sua beleza
no sorvedouro
consumindo-se sem cessar
e passa pelo portal de fogo
e sobra a esmo
um escárnio de pélago
ameaçando fincar escamas nas estrelas
dia após dia,
seu brilho estúpido atormenta a noite
fria
uma clivagem traiçoeira,
uma astúcia mortal.


Nelson M. Filho



Um comentário:

Braga e Poesia disse...

fincar escamas nas estrelas dia após dia.
Nelson Magalhães Filho o poeta das cores vivas e palavras magicas.sua poesia é um renovar letras. e ao mesmo tempo um tapa na cara dos contentes.