domingo, maio 26, 2013

ENQUANTO INVERNO
 

Estou só de passagem,
abrupta,
a palavra graciosa, molhada
transpira inteira
e incita um consolo adolescente,
ligeiro pensamento
indica o que bate à tua porta;
fêmeas retraídas
festejando o desespero do amor
que faz delas um esguicho
e não há paladar que contenha
a boca faminta desse amor;
pertinente é a infâmia
que me faz levantar pontualmente,
que me mata de surpresa
ao lançar-me aos pedaços
sobre as pedras...
Murmuro com veemência
(aquelas palavras)
que soam como vexames
entre tuas coxas,
sem saber definir o nome da coisa,
embora sinta o calor do casulo
como um incipiente inseto...
Há muitos dizeres por trás das retinas
dos mansos cavalos,
a ventania sacode minhas folhagens,
faz minha pira arder
e transforma o existir
em pequenas vitórias
sobre o corriqueiro negócio
que jamais haveremos de concluir,
mesmo após a deposição dos ossos...


Luciano Fraga

5 comentários:

Anônimo disse...

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto e o chopp gelado. Difícil é amar quando o outro desaba, quando não acredita em mais nada e entendi tudo errado.Quando paralisa perde o charme, o prazo, a identidade e a coerência. Nessas horas que se vê o verdadeiro amor, aquele que quer o bem acima de tudo. É esse o amor que dura para sempre, na verdade, esse é o único tipo que pode ser chamado de amor. Fugir não é o caminho.....

Anônimo disse...

Anônimo, "fugir não é o caminho" mas vc se escondeu no anonimato, rs. Eu só acredito nesse amor, incondicionalmente, abraço.

Anônimo disse...

Vc esta muito longe de acreditar menos ainda saber o que o amor.... Abraço...

luciano disse...

O impasse tá criado entre os Anônimos.
Retratem-se.

Anônimo disse...

Fiz uma homenagem à saudade de voce, meu caro amigo.
[Devir antes dos nomes]