terça-feira, dezembro 23, 2014

EFÊMERAS INCERTEZAS QUE NÃO GOSTAM DO SOL


Tudo em minha esfera                                 
rola e decai
como a solidão de um enxame;
rapto de vultos,
carnívoros que chacoalham
na anormalidade
de meus equinócios...
Estimo o vento
que em seu vai e vêm
engendra minhas desordens
e enquadra as palavras
que não decifro.
Tropeço entre enganos
e em enormes clitóris
contidos nos vértices de meu ego
e o bom sabor,
é saber
que me decomponho
num ser capaz
de ser apenas mais um,
silêncio na sombra,
eclipse de ninguém
menos do que eu...


Luciano Fraga

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