Três Estudos para crucificação-3 F.Bacon- 1962
Eis o culpado dos riscos,
lembro-me quando
desfilávamos sob os arcos,
quando encalhávamos
em bancos de areia.
Falar de apaixonados,
é um filme frio, barroco
e seu sabor fausto
desperta águas vivas
que avançam intempestivas
entre musgos e madeiras.
Quando o amor esmaga,
canto meus resquícios
e minha altivez resiste aos remos,
sinto engulhos com o maná
e o embaraço da morte empírica.
Sou uma caça da má fé,
enquanto o castigo não chega,
meu paraíso é o cio...
Luciano Fraga
PERÍODOS DE CRUCIFICAÇÃO...
Eis o culpado dos riscos,
lembro-me quando
desfilávamos sob os arcos,
quando encalhávamos
em bancos de areia.
Falar de apaixonados,
é um filme frio, barroco
e seu sabor fausto
desperta águas vivas
que avançam intempestivas
entre musgos e madeiras.
Quando o amor esmaga,
canto meus resquícios
e minha altivez resiste aos remos,
sinto engulhos com o maná
e o embaraço da morte empírica.
Sou uma caça da má fé,
enquanto o castigo não chega,
meu paraíso é o cio...
Luciano Fraga
20 comentários:
Quando sua altivez se acomodar aos remos que ela mesma dá a vida e chegar, não aceite a oferta de Caaronte, nade, eu estou em qualquer lugar ao meio do caminho, bravamente na minha Travessia.
Essa estupidez aos olhos empíricos, as rugas à mostra, os dedos e os anéis se despedindo em lágrimas, nada mais são que o único suor derramado pela criatura.
Essa morte, acho que já demorei...
que belezura de poema , lu!
os teus poemas sempre tem esses finais intrigantes !
a nostalgia de sofrer por não se precipitar no abismo do amor é mais forte que ele pois ignorá-lo deixaria saudades ...
precipitar-se dentro dele seria matá-lo.
beijokas..
lindo! lindo!
ps gostei da pintura.
Grito com o gume do desespero humano. Ao paraíso, pois!
Abraço, Lu!
Quando o amor esmaga a gente faz qualquer coisa pra escapar...o desespero é tanto e só resta o prazer da carne. Lindo, Poeta querido, de verdade. beijo.
Poema de grande intensidade!
Forte, como seu estilo o é.
Mas belo. Para os que amam não há castigo!
Abraços, amigo!
Beijos
Mirse
Belo poema e bela imagem! Abraço!
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Devir amigo,vamos às braçadas largas, sem botes, sem bóias, sem rumos, mas chegaremos na outra margem, abraço.
Anita, Bacon é genial mesmo, dispensa qualquer comentário, matá-lo, jamais por ser sublime e maior que todos os seres, beijo querida.
Bardo amigo, nos encontraremos por lá, espero, abração.
Adriana querida, tem certos tipos possesivos, dominadores que até a própria carne eles devoram, que fique o prazer, ao menos, beijo.
Mirse amiga, que ama não merece qualquer tipo de pena, ficam as cinzas, os resquícios em nossos jardins...Abração.
Zina, valeu, a imagem é fantástica, absoluta, abraço.
P.S. como andam as coisas?
Rebeca & Jotacê, tomaremos as devidas providências, abraços de paz.
Não prescisava agir daquele jeito não.
SOU EDUCADA E FUI COM VC.
DEPOIS...FIQUE AREPENDIDO!!!!
NÃO SE ESQUEÇA QUE O MUNDO DAR VÁRIAS E VÁRIAS VOLTAS.
E MUITO OBRIGADO!!!
...sem cio
nã há soloução!!!
valeu cumpadi!!!
Guru amigo,muito cio e pouco estio e seguiremos a vida em paz, principalmente conosco, abração.
Assim seja amém!
De que me valeu ler
Paulo Fleire...
feroz... versos com garras e dentes... "Sou uma caça de má fé, enquanto o castigo não chega, meu paraíso é cio..." Meu paraíso é o cio... o cio...!!!
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