USTULAR
Apertei o cinto
e desisti do plano
de vôo.
Não sou protagonista
de céus prematuros,
o que penso,
são assombrações,
erros que palpitam
em pústulas de saudades
e não merecem
a tri-dimensão...
Meu estado de espírito
oscila e depende
do purgatório
para montar enredos,
minhas rosas suscitam
calafrios no deserto
e os espinhos
são remorsos febris
que nenhum termômetro
consegue controlar,
sem escrúpulos,
deliro
despindo poentes...
Luciano Fraga
Apertei o cinto
e desisti do plano
de vôo.
Não sou protagonista
de céus prematuros,
o que penso,
são assombrações,
erros que palpitam
em pústulas de saudades
e não merecem
a tri-dimensão...
Meu estado de espírito
oscila e depende
do purgatório
para montar enredos,
minhas rosas suscitam
calafrios no deserto
e os espinhos
são remorsos febris
que nenhum termômetro
consegue controlar,
sem escrúpulos,
deliro
despindo poentes...
Luciano Fraga
12 comentários:
Nossa, Luciano, que belo poema. As oscilações são inevitáveis e os espinhos podem causar febre. Achei lindo isso aqui: "sem escrúpulos,
deliro
despindo poentes..."
Vou anotar essa! Beijo.
Sempre que queremos voar sob céus prematuros há o passado e as lembranças, estes são nossos grilos falantes. Entre o céu e inferno há o purgatório e nossas emoções povoam um deserto inteiro.
Beijos aéreos ou etéreos se assim os prefir.
PS:Depois te escrevo um e-mail, pois na verdade vim cumprir uma incumbência feita pela minha nanãe...hahaha!
Maravilhoso como todos os poemas seus,mas esses versos: "deliro/despindo poentes..." é de uma beleza ignorante!!!!
beijos ternos
já falei e volto a repetir luciano fraga não ta pra brincadeira.
maravilhoso... imagens belíssimas.
abraço!
Nossas gavetas enormes
e os ninhos em febre
espelham
nossa grandeza
contra
a presunção do mundo
Valente, Luciano, à luta
entre os ceús e as sombras, o corpo sofre nos delírios próprios com queimaduras e calafrios. Gostei!
Abraços.
Jefferson.
Ok Luciano...Muito bem amigo!
alguém já dizia que só o drama é verdadeiramente humano,
belo poema!
beijos
Beleza, Luciano! Mais um belo poema. Abraço.
Agradeço aos amigos, pelas visitas e comentários, estive ausente alguns dias por conta de recesso para viagem no período de carnaval, abraço para todos.
Luciano, perdoe a demora. Estou sem internet. Quanto ao poema, velho, demais. Como muitos dos outros leitores, gostei principalmente dos últimos versos. lembrou-me sílvia plath. "eu sofri as atrocidades dos poentes".
Abração.
Daniel
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