que água é essa que te cobre o ventre, irmão,
e no momento em que as cegonhas pretas trespassam
as montanhas, gritas, ó vago rumor.
que terra levas à boca e proferes o sangue
dos nossos antepassados, as metáforas
nas mãos, o centeio, os livros
amontoados no dorso dos nossos inúmeros
quartos. que risco é esse na tua pele?
que lume é esse que te repousa na asa de um
pássaro, corvo marinho e a sua réstia me leva
de encontro ao cerrar da voz e do olhar da nossa mãe,
com que vimes chicoteias o corpo dos filhos
que um dia teremos, qual a água
que lhes cobrirá as feridas, a última nudez?!
e no momento em que as cegonhas pretas trespassam
as montanhas, gritas, ó vago rumor.
que terra levas à boca e proferes o sangue
dos nossos antepassados, as metáforas
nas mãos, o centeio, os livros
amontoados no dorso dos nossos inúmeros
quartos. que risco é esse na tua pele?
que lume é esse que te repousa na asa de um
pássaro, corvo marinho e a sua réstia me leva
de encontro ao cerrar da voz e do olhar da nossa mãe,
com que vimes chicoteias o corpo dos filhos
que um dia teremos, qual a água
que lhes cobrirá as feridas, a última nudez?!
Filhos Raianos, Luís de Aguiar
4 comentários:
Belíssima poesia do Luis,em perfeita sintonia com fotografia de Ruela,um deleite.
Belo mesmo.
o Luís é um dos melhores poetas
da sua geração...um jovem com um futuro promissor...tenho orgulho
de ser seu amigo e dele ser da minha cidade.
Obrigado
Abraço.
ruela,sendo assim, independente da qualidade da escrita,é um dos nossos,grande abraço.
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