“ACOSSADO "
Uma centopéia,
vários dedos decepados,
o filho bastardo
admoestado na cadeia
do DNA...
O pavio aceso,
a música que rola
na fita,
um clima de terror...
Criança que não cresce,
o dublê de corpo
grita
com um olho vazado,
um homem,
com os joelhos dobrados
os miolos espalhados
pelo corredor.
Tudo ao vivo,
numa avalanche de imagens;
em minha tela
nem tudo é cena,
truques de cinema,
a minha vida:
é um filme de GODARD.
Luciano Fraga
com um olho vazado,
um homem,
com os joelhos dobrados
os miolos espalhados
pelo corredor.
Tudo ao vivo,
numa avalanche de imagens;
em minha tela
nem tudo é cena,
truques de cinema,
a minha vida:
é um filme de GODARD.
Luciano Fraga
6 comentários:
não quero da minha vida uma novela das 8h.
abraço.
Tião, tudo bem farei de você um Batman, tá bom assim?
Luciano, uma dica: quando o Ruela publica tua poesia o faz a castanho porque já entendeu a lógica do blogue, assim fazemos sempre que citamos obra de outro, como destaque. Quando postamos em nome próprio é na cor normal (cinzento escuro).
Obrigado. Abraço!
P. S. Sou eu que harmonizo aquilo lá... maior trabalheira... :)
P. P. S. Seu poema é um belo tributo a um filme que também é um dos de culto para mim.
Klatuu,muito obrigado,valeu a dica,ficarei atento.Imagino o trabalho para arrumar tudo aquilo.Parabenizo-o pela excelente qualidade,abraço.
esta poesia me diz que aa poesia é o palco de um encontro com o outro lado da fita. e o outro lado é sempre e ainda o outro lado.
é a condição humana:
peso ou aceitação?
a poesia sai deste jogo de bipolar sentimento, rompe com a fita e com o ouro lado, a poesia é o paradoxo e não a dialetica.
luciano seu livro é esperado.
Muitos conseguem decepar nossos dedos,
mas a nossa capacidade,isso ninguém consegue.Muito bom...
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