quarta-feira, julho 30, 2008


“ACOSSADO "


Uma centopéia,
vários dedos decepados,
o filho bastardo
admoestado na cadeia
do DNA...
O pavio aceso,
a música que rola
na fita,
um clima de terror...
Criança que não cresce,
o dublê de corpo
grita
com um olho vazado,
um homem,
com os joelhos dobrados
os miolos espalhados
pelo corredor.
Tudo ao vivo,
numa avalanche de imagens;
em minha tela
nem tudo é cena,
truques de cinema,
a minha vida:
é um filme de GODARD.





Luciano Fraga

6 comentários:

Anônimo disse...

não quero da minha vida uma novela das 8h.

abraço.

Luciano Fraga disse...

Tião, tudo bem farei de você um Batman, tá bom assim?

Klatuu o embuçado disse...

Luciano, uma dica: quando o Ruela publica tua poesia o faz a castanho porque já entendeu a lógica do blogue, assim fazemos sempre que citamos obra de outro, como destaque. Quando postamos em nome próprio é na cor normal (cinzento escuro).

Obrigado. Abraço!

P. S. Sou eu que harmonizo aquilo lá... maior trabalheira... :)

P. P. S. Seu poema é um belo tributo a um filme que também é um dos de culto para mim.

Luciano Fraga disse...

Klatuu,muito obrigado,valeu a dica,ficarei atento.Imagino o trabalho para arrumar tudo aquilo.Parabenizo-o pela excelente qualidade,abraço.

Braga e Poesia disse...

esta poesia me diz que aa poesia é o palco de um encontro com o outro lado da fita. e o outro lado é sempre e ainda o outro lado.
é a condição humana:
peso ou aceitação?
a poesia sai deste jogo de bipolar sentimento, rompe com a fita e com o ouro lado, a poesia é o paradoxo e não a dialetica.

luciano seu livro é esperado.

marcio mc disse...

Muitos conseguem decepar nossos dedos,
mas a nossa capacidade,isso ninguém consegue.Muito bom...