segunda-feira, abril 14, 2008


URBANIDADE


“...não ligue prá essas caras tristes
fingindo que a gente não existe...”Cazuza/Frejat


Quando tudo é raiva,
eis que ela surge com sua delicada
urbanidade,
quero falar de camaradagem,
da vida,
de um coração remoçado,
embora, o lado de fora
de cada um não expresse
o seio impulsivo,
a velocidade que deslizo
minha nova versão
movida a 100 cavalos,
vapor abrindo fogo,
sem saber onde anda
os escombros da felicidade,
toda alma precisa de céu...
Abrindo aspas,
espero por esta fagulha
como uma agulha
espera a linha de nylon,
como o tempo espera o verbo,
como o eu espera o ego,
o anzol espera,
hordas esperam,
algemas que esperam pelas mãos,
Eu espero a pólvora
da noite puída
para voltar a sonhar
com aqueles anjos velhos...
Enquanto isso, os homens
recolhiam o cadáver de rato
no quarto de Bete...


Poesia dedicada a Bete Balanço

Luciano Fraga

4 comentários:

Anônimo disse...

em um decidido duelo as palavras,desordens em sentenças,se organizam como uma rede e o paradoxo não é mais que o natural
de um corpo que não quer ser história

Anônimo disse...

Cara, você foi mesmo matar o rato embaixo da cama da Bete Balanço?

Luciano Fraga disse...

chico de turíbio,soube que teve alguém por lá.Não teria sido chico do corta jaca?

Anônimo disse...

Caríssimo Fraga, tem muita gente entrando por aí nos blogs detonando como um CHICO QUALQUER. Fico muito triste, porque eu sou o verdadeiro, e único Chico. Nem sei quem é Bete Balanço.