Foz
Sou a embocadura
das mortes,
mas um aviso aos agonizantes:
sou uma paisagem inadequada
para a deposição dos seus restos
mortais.
Sou um vórtice,
indiferente a qualquer segredo,
no fundo,bem no fundo
dos seus olhos
de vigília
nada vejo,
nem ouço,
sequer uma voz
enternecida
a dizer-me:
abandonas este osso.
Como um inseto
aguardo paciente
sob um móvel polido
a chegada do sangue
noturno,
como uma muamba,
pernoito
sob os escombros
dos contrabandos,
desguarnecida,
a dor
persiste lutando
nas raias das piscinas,
então busco
outras águas
sossegadas
para espalhar
minhas cinzas,
bem longe,bem longe
de mim...
Sou a embocadura
das mortes,
mas um aviso aos agonizantes:
sou uma paisagem inadequada
para a deposição dos seus restos
mortais.
Sou um vórtice,
indiferente a qualquer segredo,
no fundo,bem no fundo
dos seus olhos
de vigília
nada vejo,
nem ouço,
sequer uma voz
enternecida
a dizer-me:
abandonas este osso.
Como um inseto
aguardo paciente
sob um móvel polido
a chegada do sangue
noturno,
como uma muamba,
pernoito
sob os escombros
dos contrabandos,
desguarnecida,
a dor
persiste lutando
nas raias das piscinas,
então busco
outras águas
sossegadas
para espalhar
minhas cinzas,
bem longe,bem longe
de mim...
Luciano Fraga
6 comentários:
É isso aí Buenas. Apenas um poeta sozunho divagando sobre suas coisas. Não importa mais nada. A vida é triste, mas a gente vai tentando sobreviver. Grande abraço.
Buenas,é isto mesmo,um pretenso poeta "dizendo seus versos com sinceridade".
mais um excelente trabalho,
parabéns Luciano!
Ruela,muito obrigado,amigo.
parabenizo-o pelas palavras bem coladas, e achei interesante o seu ponto de vista.
Caro Jhonn h. obrigado pela atenção,estou tentando separar o joio do trigo, aquela idéia de "eu" e "outro" entende?Abraço.
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