quinta-feira, novembro 01, 2007

OS DRAGÕES AINDA VIVEM


“...que a terra lhe seja leve !...”
Belchior/ Toquinho



O canto é digno
embora acanhado
trás embutido
toda sorte
de libertinagem...
Mastigo um ranço
póstumo
no subsolo do inverno.
Caravelas alinhadas
transportam a alma
desorientada
por alamedas
de penúrias;
preciso remover minhas camadas
geladas.
Ah! Como preciso.
Improvisar paralisias,
percorrer cada palmo
nos túmulos
sondar
onde não há silêncio
incrustado
na terra inusitada...
Na escuridão do bardo
espero que lembrem:
quando os saltos
baterem em retirada
ao som do pó
da última pá
jogada,
recairá sobre tuas coronárias
vazias,
o peso das gotas
fundidas
na ostensiva jornada
imaginária,
ao saltar no absurdo,
dentro do Nada...??
Na Clara Luz.

Luciano Fraga




4 comentários:

anjobaldio disse...

Como dizia Caio F. Abreu: "Os dragões não conhecem o paraíso".

anjobaldio disse...

tenho que passar a batata quente :

O blogger RUELA ( http://neoartes.blogspot.com/ ) lançou-me o desafio da «página 161»:

1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas -- implica acaso e não escolha.
2. Abra o livro na página 161.
3. Na referida página procure a 5.ª frase completa.
4. Transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada.
5. Passe o desafio a cinco bloggers.

Quem vai ser?

1. Contos Reunidos do Rubem Fonsêca
2. ”Entendo”, disse Zé Pequeno.

Anônimo disse...

tambem preciso derreter minhas porções geladas.

Anônimo disse...

Luciano,maravilhoso mestre do dharma sagrado.