segunda-feira, setembro 03, 2007


Nossa homenagem ao Professor e grandioso Poeta- Antonio Luiz Machado Eloy( Luizinho) que nos deixou precocemente(13/11/94), aos 25 anos. Era filho da queridíssima Professora-Tia Gai(foto) no momento da inauguração do auditório que leva o nome de seu filho.




Eu


Engrandecem-me as astúcias
de uma cálida atonia...
Mas as espadas descansam dormentes
em coldres despencados.
E fere-me a alça,
prostrando-me
esta sórdida agonia,
nas sequelas desta dor.
Abre-me o peito vociferante
e cerra-me o cerne
em uma só vez
e salta como gazela
o silêncio de meu grito
mais infinito.
Mais ainda sou tóteme
de minh'alma profunda
e ainda que me traguem
as areias insólitas
e o enciumado firmamento
emergirei altivo
ao voraz abraço
dos sinos da morte.






Luizinho comendo pão(a poesia nossa de cada dia)


Bem Cruel

Quando em lâminas cimérias
a selva o ventre dilacera
duma relva inefável
os ares felinos da tigresa
o tombar de pétalas prenunciam.
E se ao calor da alma impetuosa
nos vestígios da aurora
a tua cerviz refresca
e em acalantos de tua fala
embalam-se
teus olhos dançantes de medusa
nem o impertinente náufrago
nas escumas de netuno resistiria
a sede
saciar.
No romper de lágrimas salobres
e adormeceria inebriado
com lábios adocicados
de tua saliva...




Fleuma


Mas o que sentir
ao pódium de uma solitária maratona,
se arde em tocha
a alma inflamada
que ostentas prepotente
como o firmamento
seus imensos carneirais?
Talvez escape das travas caninas
dos lábios numa silhueta.
Como o óbolo da viúva.
Ah! Tu não entendes...




Antonio Luiz Machado Eloy( Luizinho)


Um comentário:

anjobaldio disse...

Buenas, o grande Luizinho, além de poeta, era um belo jogador de futebol.