segunda-feira, setembro 17, 2007

Nelson Magalhães Filho- Prêmio Emilie Najar Leusen
Artista destaque da região do recôncavo, na sétima Bienal 2004/2005.
Mista s/ papel 150 x 140cm Cruz das Almas-BA


DÉDALOS AUSPICIOSOS

“...Ó gérberas malditas!
Nessa solitária caravana, suor, poeira, calos rumo ao infinito...”
Antonio Luiz M. Eloy (Luizinho)


O Samsara
é sim
uma balbúrdia
de enterro
um coágulo gorduroso
sobre o telhado
da humanidade...
Protuberância de saliva
invade
a privacidade
de um mundo pequeno
que desejo tê-lo e
derretê-lo:
quer seja na rua
num canto do quarto
na leveza da tela
na dores do parto
no quadrado da cela
comendo o pão do diabo;
mas que seja meu,
simples-mente-meu.
Mundo sujo
com rabugem de cão
que sou
na terra
preciso uivar
minhas vibrações
de carma ruim...
Quero expelir um poema
que soe assim,
trágico,
faminto...
Agora,
permita-me chorar!
Mas você não...
Deixa....

Luciano Fraga

Um comentário:

Ruela disse...

Cá usamos a expressão: comer o pão que o diabo amassou.
Muito bom.
Um abraço.