SÃO AS FLORES QUE JAZEM DENTRO DO NADA
Baby,
são os espinhos que eu evoco
para entender um pouco das rosas
quando recoberto de desconsolos;
essas pétalas orfãs
de uma metrópole obesa
que fede todo santo dia
e todos os santos recriminam
minhas contra reformas,
comiseração de lázaros
enquanto meus dias pulsam
e meus assombros apalpam úlceras;
nem os pães alimentam as saudades,
sigo despindo as horas
como se abrisse placentas,
como se fechassem as portas
de um enorme quintal
onde a felicidade antes de nascer
mascasse uma casca de romã
que eu sinto vontade de furtá-la...
Luciano Sobral
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