PERENIDADE NUM DOMINGO ESTRANHO
Li um poema sob o vidro
e sequer pude tocá-lo,
tantas coisas já passaram por mim assim,
até mesmo as feridas que tomei
por oferendas,
não pude cristalizá-las;
eu já nem sei se sou
mais um rio agora
e nem sei se rio mais,
ainda sou um afluente
que nem caiba
numa lágrima,
sequer num oceano de paz...
Luciano Fraga
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